terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Evangelho de Mateus - Capítulo 23

 

Capítulo 23

1.    Então Jesus falou às pessoas e a seus discípulos.

2.    Dizendo: Sobre a cadeira de Moisés se assentaram os escribas e fariseus.

3.    Assim que tudo o que vos disserem que guardeis, guardai [o] e fazei [o], mas não façais conforme suas obras, porque dizem e não fazem.

4.    Porque atam cargas pesadas e difíceis de levar e põem-nas sobre os ombros dos homens; porém eles nem ainda com seu dedo as querem mover.

5.    Antes todas suas obras fazem para serem vistos dos homens; porque alargam seus filactérios[1] e estendem as bordas de seus vestuários.

6.    Amam os primeiros assentos nas ceias, e as primeiras cadeiras nas sinagogas;

7.    As saudações nas praças e serem chamados pelos homens: Mestre, Mestre.

8.    Mas vos outros não sereis chamados de mestres, porque um é vosso Mestre, [a saber] o Cristo; e todos vós outros, sois irmãos.

9.    Não chameis na Terra a ninguém de vosso pai, porque um é vosso Pai, [a saber] que está nos Céus.

10.Nem a vós sereis chamados de doutores; porque um é vosso doutor, [a saber] o Cristo.

11.Porém, o maior entre vós outros, seja vosso servidor.

12.Porque o que se alevantar, será humilhado. E o que se humilhar, será alevantado.

13.Mas pena de vós outros escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o Reino dos Céus aos homens; e nem vós entrais, nem aos que entrariam deixais entrar.

14.Pena[2] de vós outros escribas e fariseus hipócritas, porque engolis as casas das viúvas, e isso com aparência de larga oração; por isso levareis mais grave juízo. (ESE, 26, 3)

15.Pena de vós outros escribas e fariseus hipócritas, porque rodeais o mar e a terra, por fazerdes um convertido, e quando haja feito, fazei-o filho do inferno em dobro mais que vós outros.

16.Pena de vós outros, guias cegos, que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, não é nada; mas qualquer que jurar pelo ouro do templo é devedor.

17.Loucos e cegos; qual é maior? O ouro ou o templo que santifica ao ouro?

18.Ainda qualquer que jurar pelo altar, não é nada; mas qualquer que jurar pelo presente que está sobre ele, é devedor.

19.Loucos e cegos; qual é maior? O presente ou o altar que santifica o presente?

20.Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está.

21.O que jurar pelo templo, jura por ele e pelo que nele habita.

22.E o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e pelo que sobre ele está assentado.

23.Pena de vós outros escribas e fariseus hipócritas, porque pagais dízimo da hortelã, do endro e do cominho; e deixais o que é mais grave da lei, [convém saber] o juízo, a misericórdia e a fé; isto era necessário fazer e não deixar os outros.

24.Guias cegos, que coais o mosquito e tragais o camelo.

25.Pena de vós outros escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o que está de fora do vaso ou do prato, mas de dentro está tudo cheio de roubo e de destemperança. (ESE, 28, 15)

26.Fariseu cego, limpa primeiro o que está dentro do vaso ou do prato, para que também o que está fora fique limpo. (ESE, 28, 15)

27.Pena de vós outros escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que de fora, em verdade, se mostram formosos, mas de dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. (ESE, 28, 15)

28.Assim também vós outros, de fora, em verdade, vos mostrais justos aos homens, porém de dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade. (ESE, 28, 15)

29.Pena de vós outros, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos.

30.Dizeis: Se estivéssemos nos dias de nossos pais, nunca com eles haveria combinado no sangue dos profetas.

31.Assim contra vós mesmos testificais que sois filhos daqueles que mataram aos profetas.

32.Enchei, portanto, vós também a medida de vossos pais.

33.Serpentes, raça de víboras, como escapareis da condenação do inferno?

34.Portanto, vedes que vos envio profetas, sábios e escribas; e deles a uns matareis e crucificareis, e deles a outros açoitareis em vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade.

35.Para que venha sobre vós outros todo o sangue justo que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, ao qual matastes entre o templo e o altar.

36.Em verdade vos digo que tudo isto virá sobre esta geração.

37.Jerusalém, Jerusalém, que matas aos profetas e apedrejas aos que te são enviados; quantas vezes quis eu ajuntar teus filhos, como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo de suas asas, e não quisestes.

38.Vedes que vossa casa se vos deixa deserta.

39.Porque eu vos digo, que desde agora, não mais me vereis, até que digais: bendito aquele que vem em nome do senhor.

 



[1] Não há sinônimos. Tratava-se de uma bolsa de couro onde colocavam as tiras de pergaminhos com as leis, as quais, alegavam adotar.

[2] No original consta ‘Ay’. Em muitas traduções e revisões consta ‘Ai’. É uma expressão que não consta no dicionário Michaelis; consta no dicionário Aurélio, mas com quinze significados, sem conceito específico; por isso, nesta revisão, foi revisto para ‘pena’, tanto por expressar piedade de Jesus, quanto a definir a punição da justiça.


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