terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Evangelho de Lucas - Capítulo 15

 

Capítulo 15

1.    Chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores a ouvi-lo.

2.    Murmuravam os escribas e os fariseus, dizendo: Este aos pecadores recebe e com eles come.

3.    Ele lhes propôs esta parábola, dizendo:

4.    Que homem há de vós outros, que tendo cem ovelhas e perdendo-se uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e se vai após a que se perdeu, até que a venha achar?

5.    Achando-a, põe-na sobre seus ombros satisfeito.

6.    Chegando em casa, ajunta aos amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha que se havia perdido.

7.    Digo-vos que assim haverá [mais] alegria no céu por um pecador que se corrige do que por noventa e nove justos que não necessitam corrigir.

8.    Ou que mulher que tendo dez moedas de prata[1] e a uma moeda perder, não acende a lanterna, varre a casa e a busque com diligência até achá-la?

9.    Achando [a], ajunta as amigas e as vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a moeda de prata que se havia perdido.

10.Assim vos digo que haverá alegria entre os anjos de Deus por um pecador que se corrigir.

11.Ele dizia: Um homem tinha dois filhos.

12.Disse o mais moço deles a seu pai: Pai, dai-me a parte dos bens que [me] pertence; e ele lhes repartiu os bens.

13.Depois de alguns dias, ajuntando a tudo, o filho mais moço partiu a uma terra muito longe e ali desperdiçou seus bens, vivendo dissolutamente.

14.Desde que já teve tudo desperdiçado, veio uma grande fome naquela terra e começou a padecer necessidade.

15.Foi e achegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou à sua chácara a apascentar os porcos.

16.Desejava encher seu ventre das hortaliças que comiam os porcos, mas ninguém lhes dava.

17.Tornando em si, disse: Quantos empregados de meu pai tem abundância de pão e eu aqui pereço de fome.

18.Levantar-me-ei, irei a meu pai e dir-lhe-ei: Pai, contra o céu e perante ti pequei.

19.Já não sou digno de ser chamado teu filho, faze-me como a um de teus empregados.

20.Levantando-se, foi a seu pai; e quando ainda estivesse ao longe, viu-o seu pai, moveu-se de íntima compaixão e correndo para ele, derrubou-se sobre seu pescoço e o beijou.

21.O filho lhe disse: Pai, contra o céu e perante ti pequei; já não sou digno de ser chamado teu filho.

22.Mas o pai disse aos seus servidores: Pegai a principal vestimenta e vesti-o, ponde anel em sua mão e sapatos em seus pés.

23.Trazei o bezerro gordo e matai-o; comamos e alegremo-nos.

24.Porque este meu filho era morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado. E começaram a se alegrar.

25.Seu filho mais velho estava no campo, o qual veio e ao chegar perto da casa, ouviu música e as danças.

26.Chamando a um dos servidores, perguntou-lhe o que era aquilo?

27.Ele lhe disse: Teu irmão voltou e teu pai matou o bezerro gordo porque o recuperou são.

28.Então ele se enojou e não queria entrar. O pai então, saindo, rogava-lhe.

29.Mas ponderando ele, disse a seu pai: Eis que há tantos anos que te sirvo, nunca ultrapassei teu mandamento e nunca me deste um cabrito para com meus amigos me alegrar.

30.Mas vindo este teu filho que com mundanas desperdiçou seus bens, mataste a ele o bezerro gordo.

31.Ele então lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo e todas minhas coisas são tuas.

32.Mas foi necessário alegrar-nos e folgar-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado.

 



[1] No original, ‘dracma’, moeda de prata grega. Ver o Glossário nas páginas finais.


Do livro: OS EVANGELHOS DA BÍBLIA - Versão Antiga

Download gratuito: 

https://www.luzespirita.org.br/index.php?lisPage=livro&livroID=207

Versão impressa preço de custo: 

https://loja.uiclap.com/titulo/ua65982/

Nenhum comentário:

Postar um comentário