terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Evangelho de Marcos - Capítulo 6

 

Capítulo 6

1.    Saiu dali, foi à sua pátria e seguiram-no seus discípulos.

2.    Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, estavam atônitos, dizendo: De onde [vem] a este, estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe é dada? E tais maravilhas que por suas mãos são feitas?

3.     Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Jacó (Tiago), de José, de Judas, e de Simão? Não estão aqui também conosco, suas irmãs? E escandalizavam-se nele.

4.    Mas Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre [seus] parentes e em sua casa.

5.    Não podia ali fazer nenhuma maravilha; somente sarou uns poucos enfermos, pondo sobre eles as mãos.

6.    Estava espantando dessa incredulidade. E rodeava as aldeias ao redor, ensinando.

7.    Chamou aos doze e começou a enviá-los de dois em dois; e deu-lhes poder contra os Espíritos imundos.

8.    Mandou-lhes que não levassem nada para o caminho; senão somente um bordão; nem alforjes, nem pão; nem dinheiro na cinta.

9.    Mas que calçassem sandálias; e não se vestissem de duas vestes.

10.Dizia-lhes: Em qualquer casa que entrardes, pousai ali, até que saiais dali.

11.Todos aqueles que não vos receberem, nem vos ouvirem; saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo de vossos pés em testemunho contra eles. Em verdade vos digo, que mais toleravelmente tratados serão os de Sodoma e os de Gomorra no dia do juízo, do que aquela cidade.

12.Saindo eles, pregavam que se corrigissem.

13.Lançavam fora muitos demônios, e ungiam com azeite a muitos enfermos e saravam.

14.Ouviu o rei Herodes {porque já seu nome era notório} e disse: João, o que batizava, ressurgiu dos mortos; portanto, estes milagres obram nele. (ESE, 4, 2)

15.Outros diziam: É Elias; e outros diziam: é profeta; ou como algum dos profetas. (ESE, 4, 2)

16.Ouvindo Herodes [isto], disse: Este é João, o que eu degolei; ressuscitado é dos mortos. (ESE, 4, 2)

17.Porque o mesmo Herodes havia mandado prender a João; e o tinha preso na prisão por causa de Herodias, mulher de Felipe, seu irmão; porque a tomara por mulher.

18.Porque João dizia a Herodes: Não te é licito ter a mulher de teu irmão.

19.Mas Herodias o espiava e desejava matá-lo e não podia.

20.Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo; e o estimava e ouvindo-o, fazia muitas coisas; ouvia-o de boa mente.

21.Vindo um dia oportuno, em que Herodes, na festa de seu nascimento, fazia ceia a seus principais e tribunos, e aos principais da Galileia.

22.Entrando a filha de Herodias, dançando e agradando a Herodes e aos que estavam com ele à mesa; o rei disse à moça: Pede-me o que quiseres que eu te darei.

23.Jurou-lhe: Tudo o que me pedires te darei, até a metade de meu reino.

24.Saindo ela, disse a sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João Batista.

25.Então ela entrou apressadamente ao rei e pediu, dizendo: Quero que agora e logo me dês em um prato a cabeça de João Batista.

26.O rei se entristeceu muito; mas, por causa do juramento, e dos que estavam com ele à mesa, não lhe quis negar.

27.Assim, o rei enviou o algoz e mandou que trouxessem sua cabeça. O qual foi e o degolou na prisão.

28.Trouxe sua cabeça em um prato e deu à moça; e a moça a deu a sua mãe.

29.Ouvindo seus discípulos, vieram e tomaram seu corpo morto e puseram-no em um sepulcro.

30.Os apóstolos retornaram {juntamente} a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e o que tinham ensinado.

31.Ele lhes disse: Vinde vós outros aqui à parte, ao lugar deserto, e repousai um pouco: porque havia tantos que iam e vinham e que nem tinham lugar para comer.

32.Foram-se em um barco a um lugar deserto à parte.

33.As pessoas viram-nos ir e muitos os reconheceram. Concorreram para lá, muitos a pé, de todas as cidades; e foram antes que eles, para ajuntarem-se a ele.

34.Saindo Jesus (do barco), viu uma grande multidão e teve íntima misericórdia deles; porque eram como ovelhas sem pastor; e começou a lhes ensinar muitas coisas.

35.Como já o dia fosse muito tarde, seus discípulos chegaram a ele, dizendo: O lugar é deserto e o dia é já muito tardio.

36.Deixai-os ir aos lugares e aldeias ao redor e comprem pão para si, porque não têm o que comer.

37.Ele ponderando, disse-lhes: dai-lhes vós outros de comer. E eles lhe disseram: Quer que vamos e compremos duzentos dinheiros de pão a lhes darmos de comer?

38.Ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide e vedes. E eles, sabendo-o, disseram: Cinco e dois peixes.

39.Mandou-lhes que fizessem assentar a todos por grupos na grama verde.

40.Assentaram-se, repartidos por grupos de cem e de cinquenta a cinquenta.

41.Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu aos seus discípulos que os apresentassem; e os dois peixes repartiu a todos.

42.Comeram todos e fartaram-se.

43.E recolheram dos pedaços e dos peixes, doze cestos cheios.

44.Eram os que comeram cinco mil homens.

45.Logo deu pressa a seus discípulos a subirem no barco e irem adiante para Betsaida na outra margem; enquanto ele despedia a multidão.

46.Depois de a ter despedido, foi-se ao monte a orar.

47.Como já era tarde, estava o barco no meio do mar e ele só, em terra.

48.Viu que eles se cansavam de navegar, porque o vento lhes era contrário e perto da quarta vigília da noite, foi a eles andando sobre o mar e queria passar por eles [de largo].

49.Eles, vendo-o andar sobre o mar, cuidaram que era fantasma e deram gritos.

50.Porque todos o viam e afligiram-se. Mas logo falou com eles e disse-lhes: Estais seguros, sou eu, não haja medo.

51.E subiu a eles no barco e o vento repousou; e em grande maneira estavam atônitos e se maravilhavam.

52.Pois ainda não tinham entendido [a maravilha] dos pães; porque seus corações estavam endurecidos.

53.Quando já chegaram na outra margem, foram à terra de Genezaré e ali aportaram.

54.Saindo eles do barco, logo o reconheceram.

55.E correndo toda a terra ao redor, começaram a trazer de todas as partes os enfermos em camas, onde quer que ouvissem que estava.

56.Onde quer que entrasse, em aldeias, ou cidades, ou lugares, punham nos passeios aos enfermos e rogavam-lhe que só tocassem a borda de seu vestuário e todos os que o tocavam, saravam.

 

Do livro: OS EVANGELHOS DA BÍBLIA - Versão Antiga

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