domingo, 14 de abril de 2024

A IMPORTÂNCIA DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

 

A IMPORTÂNCIA DE O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO:

 

O vocábulo "importância" estabelece parâmetros que talvez não seja bem o caso, conforme números e ponderações a seguir:

 Basta citar que o mundo encerrou o ano de 2023 com 8.045.311.447 de habitantes da espécie humana e destes, somente 2.173.180.000 seguem o cristianismo.


 Ou seja, pelos números, na teoria, O Evangelho Segundo o Espiritismo simplesmente não importa para quase 5.9 bilhões de pessoas, mas na prática é muito mais, pois entre esses quase 2.2 bilhões, estão: 50% de católicos romanos, 12% de católicos ortodoxos, 37% de protestantes e apenas 1% para os “outros”, onde entra o espiritismo.

 A situação decai mais ainda, pois neste 1%, além do espiritismo, há diversas outras seitas que totalizam 0,8%, portanto, apenas 0,2% das pessoas são espíritas e isso ao arredondar para cima. Ou seja, 99,8% de humanos do planeta Terra, não adotam o espiritismo como religião, cujo principal expoente é O Livro dos Espíritos, bem ecumênico e aceitável.

Dessa forma, apesar de sua importância religiosa, O Evangelho Segundo o Espiritismo, torna-se um instrumento apenas para "pescar no aquário" do cristianismo, pois para que ele fosse "importante" para os 5.9 bilhões que não são cristãos, primeiro seria preciso que essas pessoas aceitassem o cristianismo, no entanto, isso nem o catolicismo conseguiu, pois só o fez na Europa e Américas a custo de muita injustiça e sangue.

 O cristianismo nasceu do judaísmo, o qual também gerou um primo antes renegado, que é o islamismo, mas é a religião que mais cresceu nos últimos 150 anos. E ao junta-las ao hinduísmo e ao budismo, somam quase 5.3 bilhões de pessoas.

Estas quatro religiões tem um ponto em comum e significa que no mínimo 65% da população humana do planeta Terra acredita em vida após a morte, pois todas essas religiões reconhecem a sobrevivência do Espírito à morte do corpo físico; portanto, a importância de se adotar a boa conduta enquanto na vida humana, conforme ensina E.S.E. - O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Apesar desses números e argumentos, para o Brasil, o E.S.E., tem uma importância relevante, pois ele deu contorno de religiosidade ao espiritismo, uniu as pessoas em Casas específicas, seja com o nome de Sociedade, Centro ou Grupo espírita, três designações que constam em O Livro dos Médiuns.

No entanto, em que pese a favor tantos obreiros do bem, onde o mais conhecido foi Chico Xavier, mas sem menosprezar o árduo trabalho anônimo, ainda temos Divaldo Franco e muitos e muitos palestrantes, escritores e médiuns espíritas, mesmo assim, no último Censo válido de 2010, o espiritismo não passou de 2% da população.

 


Dizem que atualmente os espíritas perfazem a 3% da população brasileira, mas ao considerar o apurado pelo IBGE em 2022, a população aumentou 6,5%, ou seja, 203 milhões de habitantes. Portanto, esses 3% representariam 6 milhões e estabeleceria o aumento de 55% em relação aos 3.8 milhões apurado no censo de 2010. Parece um aumento improvável.

No entanto, de acordo como o censo 1980, os espíritas somavam 859.516 declarados, menos de 1%, ou seja, 0,7% da população. Passados 30 anos, em 2010 o número cresceu para 3.848.876 e chegou a 2%; com isso, teve um crescimento em torno de 350%! Portanto, é possível estimar que em 2024 esteja realmente próximo de 3% da população. Mas seria esse um bom desempenho e crescimento?...

De acordo com o IBGE, no censo de 1980, o Brasil contava com 119 milhões de habitantes e destes, 105 milhões eram católicos, ou seja, 88% da população, mas em 2010 esse percentual caiu para 64%.


Em 1980, os protestantes ou evangélicos, somavam 7.885.846, ou seja, 6,7% da população. Em 30 anos o número de evangélicos saltou para quase 23% dos brasileiros, ou seja, 42.275.440 pessoas. Portanto, um aumento de 435% no período. Um pouco acima dos 350% que o espiritismo obteve, mas ambos bem acima dos 60% de aumento da população.

 Nisso uma informação interessante, pois nesses 30 anos, o catolicismo reduziu de 88% para 64%, mas a população aumentou 60%, ou seja, o aumento no número do espiritismo e dos evangélicos não se deve apenas na redução de 24% no catolicismo, mas principalmente ao engajamento de jovens que nasceram nesse período.

 Nesse ponto, O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma excelente ferramenta a se trabalhar com esse público jovem, o que faz muito mais sentido. Isso sem deixar de registrar os 15 milhões de brasileiros que declaram não terem religião em 2010, a espera de que alguma alma boa lhes apresentem o E.S.E. ou O Livro dos Espíritos.

 Os percentuais 435% e 350% parecem próximos, mas não são, pois há uma diferença enorme ao considerar qual o número no ponto de partida. Para o espiritismo, a partir de 860 mil, aumentar 100% bastou outros 860 mil. Mas o feito dos evangélicos é assombroso, pois a partir de quase 8 milhões, para aumentar 100%, fez-se necessário outros 8 milhões de novos adeptos e repetiram esse desempenho quatro vezes!

Em tudo isso, o destaque para a importância de O Evangelho Segundo o Espiritismo no Brasil, pois sem esse viés religioso, talvez a situação estaria mais perto dos 0,2% do resto do mundo.

 Por outro lado, ao considerar a redução no catolicismo e o avanço significativo dos evangélicos, é de se estimar que o espiritismo poderia obter um melhor desempenho se as obras básicas — não apenas o E.S.E. — fossem divulgadas em todos os segmentos da sociedade brasileira, de todas as formas possíveis, pois fazer palestras em Centros Espíritas e escrever livros para o público espírita é “chover no molhado”, enquanto há um campo imenso lá fora a ser trabalhado, no mínimo, 15 milhões sem religião.

 Talvez criar o “Programa Amigo”, onde um espírita “apadrinhe” e acompanhe de perto por ao menos um ano um novo adepto, repassando-lhe os livros básicos e ajudando-o a entender a dinâmica do espiritismo. Quanto a isso, um escritor espírita, de 62 anos, relatou que há quase dois anos frequenta e recebe passe num Centro Espírita e no entanto, não conhece e nunca alguém do Centro o procurou ou se apresentou, mas todos são amáveis e simpáticos. E Brasil a fora, em quantos Centros Espíritas esse distanciamento se repete?...

 Enfim, nenhuma ferramenta ou instrumento, por melhor que seja, consegue produzir por si. Como diria Emmanuel, é preciso três coisas: trabalho, trabalho e mais trabalho.

 José Nunes Pereira Sobrinho

Escritor espírita, 62 anos, Campo Grande MS.

 Bibliografia:

 População Mundial e Religiões: https://www.worldometers.info/world-population/

 Espíritas no Brasil e no Mundo: https://abrade.com.br/quantos-sao-os-espiritas-no-brasil-e-no-mundo/

 Espíritas no Mundo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo

 Espíritas no Mundo: https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/historia/religioes/

 IBGE – Censo 1980:

https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/bibliotecacatalogo?view=detalhes&id=772

 IBGE – Download – Censos: 1991, 2000, 2010 e 2022:

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-demografico-2022.html?edicao=37225&t=downloads

 População Brasil 2022:

https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2023/06/censo-2022-indica-que-o-brasil-totaliza-203-milhoes-de-habitantes

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A PACIÊNCIA

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 24/01/2019, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=W3clVURtd2o

 

Boa noite!

O nosso tema de hoje é do Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo IX: Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos. É o item a Paciência.

Bom, esse texto, é de um Espírito Amigo, que veio a mensagem numa cidade da França em 1862 e Kardec colocou no Evangelho Segundo o Espiritismo.

A mensagem diz assim: Sejam pacientes. A Paciência também é uma caridade. E vocês devem praticar a Lei de caridade ensinada pelo Cristo, o enviado de Deus. A Caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas.

Ou seja, a Caridade mais difícil é a caridade moral. E aí continua: Outra há, porém, muito mais penosa e consequentemente, muito mais meritória, a de perdoarmos aos que Deus colocou no nosso caminho, para serem o instrumento do nosso sofrer, e para pôr nossa paciência a prova. Coragem, amigos, vocês têm no Cristo o seu modelo. Ele sofreu mais do que qualquer de vocês e nada tinha de se penitenciar, ao passo que vocês têm de expiar o passado e se fortalecerem para o futuro. Sejam pacientes, sejam cristãos. Essa palavra resume tudo. Um Espírito Amigo, Havre, 1862.

Bom, esse tema sobre paciência, ele também está no Livro dos Espíritos, na questão 458, Kardec perguntou: O que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam?

Porque conforme Kardec foi desenvolvendo o Livro dos Espíritos, foi se estabelecendo a vida espiritual e um dos pontos, é que os Espíritos estão por toda parte. Porque o Espírito desencarna, para onde ele vai?... Será que ele vai para um outro planeta?... Será que ele vai para uma colônia?...

Sim!... Alguns realmente vão!... Depende da evolução do Espírito. Mas a maioria dos Espíritos, quando desencarna, eles ficam aqui, no Plano Espiritual, mas no mesmo ambiente em que nós vivemos, por falta de uma evolução, tanto moral, quanto intelectual e sobretudo, porque após o desencarne, a maioria dos Espíritos, ainda se sente apegada ao plano material. Apegada principalmente à família.

A gente vê muito isso. Tem um livro que se chama: Memórias de um Suicida, de (autor) (Camilo) Castelo Branco, esse livro, ele conta a história de um Espírito que cometeu suicídio e sofreu muito no Plano Espiritual, no Umbral. E depois ele foi socorrido e o livro relata a dificuldade que ele tinha, por causa da saudade que ele tinha, a preocupação que ele tinha com a família e isso afetava muito o estado dele lá. Ele estava numa colônia, estava num hospital, estava sendo socorrido, mas a preocupação dele com a família, acabava prejudicando.

Outro livro também: Voltei, de irmão Jacob, psicografia de Chico Xavier, mesma situação.

E mesmo o livro: Nosso Lar, de André Luiz, também psicografia de Chico Xavier, nos relata dessa dificuldade do Espírito em conservar o equilíbrio depois que desencarna, mesmo sendo socorrido.

Ele é socorrido, ele é levado para uma colônia, mas a preocupação dele faz com que ele acabe voltando para a região onde estão os encarnados, aí se envolve com a família, tenta ajudar a família e nessa tentativa de ajudar, às vezes, acaba prejudicando mais ainda.

Prejudica a família e prejudica também o próprio Espírito. Porque ele poderia já estar recebendo uma ajuda para rememorar as reencarnações passadas, mas, no entanto, a mente do Espírito está muito presa aos acontecimentos da Terra e ele não consegue se libertar.

É por isso que, em muitos casos, quando o Espírito desencarna, é melhor que ele adormeça, que ele fique dormindo por um bom tempo. André Luiz aconteceu com ele também isso. Ficou dormindo um bom tempo para recuperar esse equilíbrio.

Bom, então nós chegamos a esse ponto da pergunta 458: "Os Espíritos que nos cercam e observam."

Porque eles estão ao nosso redor! Então, aí a resposta: Depende.

Porque a pergunta foi: O que pensam de nós?... Depende. Os levianos riem dos pequenos aborrecimentos que os pregam e zombam de suas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam os revezes de vocês e procuram ajudar.

Então vejam que os Espíritos levianos... O que é um Espírito Leviano? É um Espírito que ainda não tem evolução. Ele não tem senso de responsabilidade. Ao invés de ajudar, às vezes, ele nem tem maldade. O que classifica a maldade?... A maldade é uma forma de vingança, ela é uma forma de egoísmo, ela é uma forma de alguém perseguir outra pessoa. Isso é maldade. Maldade é o interesse do egoísmo. Quem não tem egoísmo, também não tem maldade. Porque se ele não tem egoísmo, ele não pensa só nele. Se ele não tem egoísmo, então ele pensa também no próximo. Se ele pensa no próximo, então ele não tem a maldade.

Então o Espírito leviano é aquele que, mesmo sem maldade, por inconsequência, ele nos prejudica. E o interessante que nessa questão 458, já que os Espíritos responderam isso para o Allan Kardec, então ele complementou a pergunta, na 459, que necessariamente não tem a ver com paciência.

Paciência é a pergunta anterior. Mas só que é uma pergunta muito interessante e é continuidade, 458 e 459. Então ele perguntou: Os Espíritos influenciam os nossos pensamentos e atos?

E aí a resposta: Muito mais do que imaginam. Influenciam a tal ponto que geralmente são eles que dirigem vocês.

Vejam que situação! A que ponto os Espíritos influenciam na nossa vida. Porque a gente não enxerga, a gente passa desapercebidos disso e às vezes, muito das nossas dificuldades das nossas atribulações, nem são por nossas escolhas. É por influência dos Espíritos que querem nos prejudicar.

Bom, o fato, é que desta questão 459, que reflete isso, tem uma continuidade, que está na questão 530, bem depois. É uma pergunta longa e também tem uma resposta muito longa. Vamos analisá-la passo a passo.

Então a pergunta: Os Espíritos levianos e zombeteiros não podem criar pequenos embaraços à realização dos nossos projetos e transtornar as nossas previsões? Noutras palavras, serão eles os causadores do que chamamos pequenas misérias da vida humana?...

E aí a resposta: Eles se alegram em lhes causar aborrecimentos que representam para vocês provas destinadas a exercitar a paciência. Contudo, cansam-se, quando veem que nada conseguem.

Então vejam bem, porque, quando Allan Kardec fez a pergunta, já admitindo que então os Espíritos nos influenciam na nossa vida. Não foi respondido assim: Olha, para vocês se livrarem dessa influência dos Espíritos, é preciso fé, ou é preciso amor, ou é preciso caridade. Tudo isso é preciso! Mas o destaque não foi isso. O destaque foi simplesmente paciência! Daí a importância da paciência.

Só que a pergunta é longa e a resposta é longa. Aí, olhem só o que os Espíritos responderam: Mas não seria justo e nem acertado atribuir a eles todas as decepções que experimentam e de que vocês são os principais culpados pela própria irreflexão.

Porque nós temos Livre Arbítrio!... O livre arbítrio é que estabelece a nossa escolha! Então nós é que escolhemos, aceitar a influência!... Exatamente por isso, é que nós somos responsáveis. Nós aceitamos a influência e nós somos responsáveis.

Aí ele continua: Fiquem certos de que, se a sua louça se quebra, é mais por descuido de vocês do que por culpa dos Espíritos.

E é interessante que dá a impressão, que teve uma contradição!... Porque na 459 diz assim: Os Espíritos vos influenciam muito mais do que pensais, ao ponto de que é praticamente eles que vos conduzem.

Na 459. E aqui, na 530. Já amenizou a situação. Já falou: Olha, de fato, eles influenciam vocês, mas não pensem que eles são culpados de tudo. E mais ainda!... Diz assim...

Porque, se a gente for admitir que os Espíritos nos influenciam nos nossos atos e que praticamente são eles que nos conduzem, então a pessoa pode ficar meia neurótica com isso!...

Acha: Puxa vida!... E agora? Como eu vou fazer para me livrar desses Espíritos que estão me perseguindo, que estão me influenciando?... E aí, qualquer coisa que acontece, a pessoa já acha que é Espíritos. Qualquer coisa!... Ah, foram os Espíritos que provocaram isso!...

Bom, essa 530, já deu um panorama melhor da situação. Não é porque aconteceu que necessariamente foram Espíritos. E aí ele deixou bem claro aqui: Se cai um copo e ele quebra: Ah, foi um Espírito que derrubou!... Não, não foi não!... Foi você que descuidou mesmo!... Segurasse melhor, não colocasse na beirinha, o copo não iria cair!...

Então, nem tudo são os Espíritos. Primeiro: Porque nós temos liberdade de escolha!... Nós que escolhemos, mesmo que um Espírito esteja nos influenciando, nós temos liberdade de escolha!... Nós podemos simplesmente não seguir a inspiração que ele está fazendo.

É só a gente ter o quê?... Paciência!... Não ser apressado!... A impaciência faz com que a gente tome decisões erradas! E só ter paciência, pensa com calma e ver: Espera aí!... Não é bem assim não!... Se não é bem assim, então é de outra forma. Então por que eu estou pensando desse jeito?... Porque é um Espírito que está interessado em influenciar desse jeito!...

E voltando lá na pergunta, na 459...

Eu tenho falado isso, já em várias vezes, dependendo da pergunta, a resposta pode ser: Sim e dependendo da pergunta, a resposta pode ser: Não. No mesmo assunto! Absolutamente a mesma coisa! Mas dependendo da forma como é feita a pergunta, influencia na resposta!...

Então vejam só a pergunta de Allan Kardec: Os Espíritos "influenciam"... Não determinam não!... Influenciam em nossos pensamentos e atos?...

Essa que é a questão: Pensamento é uma coisa, ato é outra!... Então Kardec fez a pergunta e colocou na mesma pergunta coisas que são antagônicas!... Porque nem tudo que nós pensamos, nós fazemos! O que é o ato?... O ato é a ação, já algo que foi feito!...

A gente pensa uma coisa, mas não faz!... Ou, a gente faz coisas e nem pensa!... Quer dizer: Pensamento e ato, necessariamente, não estão numa mesma sequência. Na verdade, são às vezes, até incompatíveis.

Porque, não é porque eu pensei em fazer o mal, que eu já vou ser condenado como se tivesse feito o mal!... Oras! Se pensar o mal, não é fazer o mal, então não é porque pensou que vai ser condenado. É porque, se fizer o mal, aí vai ser condenado.

Agora, pensar no mal... Com licença. Então pensar no mal então é isento?... Não!... Jesus mesmo disse: Nós respondemos pelos nossos pensamentos; pelas nossas palavras e até pelos nossos pensamentos!... E até pelos sentimentos também!... (Mt, 5-28).

Mas isso, de acordo com o grau de evolução. Nós estamos muito longe ainda em evolução, para nos preocuparmos e nos defender em nos purificar pelo pensamento. Jesus disse assim: A cada dia basta o seu mal. (Mt, 6-34)

Ou seja, na nossa jornada evolutiva, não adianta a gente se preocupar em corrigir o pensamento, quando na verdade, a gente tem que se preocupar, agora, nesse momento, é corrigir (inibir) os nossos atos. Primeiro corrige os atos, (não deixar que o pensamento chegue a ser um ato), depois corrige o pensamento.

Bom, então esse: "influenciam a tal ponto que geralmente são eles que dirigem vocês. " Aos atos?... Não!... É que ele respondeu à pergunta e a pergunta é "pensamento". Então no que eles influenciam? Nos pensamentos.

Na pergunta 943, Allan Kardec perguntou assim: Donde nasce o desgosto da vida, que se apodera de certos indivíduos sem motivos admissíveis?

E aí, a resposta: Efeito da desocupação.

Porque hoje em dia, está tão em moda a depressão, o suicídio. Efeito de desocupação. O que é desocupação?... Falta de trabalhar!... Vai trabalhar, que não vai ficar pensando bobeira e não vai ter esse desgosto da vida.

E aí continua: Da falta de fé!...

Quem tem fé, quem tem uma religião, também não vai ter esse desgosto na vida, que é supostamente sem motivo.

(Continuando:) E também da saciedade.

Sabe? Quem está saciado de tudo, tem dinheiro à vontade, não trabalha, acaba pensando bobeira.

(Continuando:): Para aquele que usa de suas faculdades com objetivos úteis e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida flui mais rapidamente. Ele suporta as atribulações com tanto mais paciência e paciência, quanto age com o intuito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera.

Por que eu escolhi hoje falar sobre paciência? Por causa de 2 ditados que a gente vê frequentemente. As pessoas falam assim: A perdi a paciência!... Na verdade, a paciência é uma virtude e não um objeto; portanto, não pode ser perdida. Ninguém perde a paciência!... Não é um objeto!... É uma virtude!...

O Espírito não retrograda. Não tem retrocesso. Nós estamos sempre em evolução. Então jamais alguém vai perder a paciência. Mas é errado falar: Perdi a paciência!... Não!... É uma frase do nosso linguajar. Mas que na verdade, não reflete a realidade. Sendo uma virtude, (a paciência) precisa ser desenvolvida e ampliada a cada dia, através da vivência com outras pessoas e nos acontecimentos da vida.

Por consequência, a paciência é maior ou menor de pessoa para pessoa, de acordo com a evolução espiritual de cada um, mas por menor que seja, jamais poderá ser perdida. Essa que é a questão!... Tem Espírito que já é mais evoluído, então ele tem mais a virtude da paciência desenvolvida. Tem Espírito que ele é menos evoluído, mas ele tem paciência. Ele não perde.

Outra frase: Quem perde a paciência nunca teve!... Também é uma frase muito errada que as pessoas falam. Por quê?... Porque conforme já foi explicado, a paciência não é um objeto e não pode ser perdido.

Importante saber que pode ser ignorado. Aí que está a questão!... Por nossas escolhas, podemos deixar de lado as virtudes, por exemplo: compreensão, tolerância, paciência, humildade, perdão e até caridade e escolhemos seguir os defeitos: como intolerância, vaidade, falsidade, mentira, prepotência, preconceito e o irmão mais velho: o orgulho!...

Então nós nunca perdemos a paciência. Nós temos, pelo livre arbítrio, o poder de escolha!... Então nós escolhemos deixar a paciência de lado, por menor que ela seja, e seguimos os nossos defeitos.

"Quem perde a paciência nunca teve." De certa forma, a afirmação: Quem perde a paciência, nunca teve, fere frontalmente a virtude da caridade, pois desrespeita o esforço e progresso lento e individual de cada Espírito.

Por isso que não pode falar: Ah, quem perdeu a paciência é porque nunca a teve. Não!... Quem resolveu não seguir a paciência, foi a escolha da pessoa!... E a gente tem que respeitar isso!... E a pessoa, pode ser que a paciência dela seja pequena, porque ela é um Espírito em evolução. E se é um Espírito em evolução, que ainda tem muito o que aprender, tem que ter respeito por isso!... Por isso que essa frase é errada: Quem perde a paciência nunca a teve.

Para finalizar, uma frase na carta de Paulo aos Romanos, no capítulo 8, versículo 25: Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

Porque, Paulo, tem uma frase muito interessante dele, que (ele) falou assim: Se a nossa esperança em Cristo se resume a essa vida, então somos os mais infelizes  dos homens. (1Co, 15-19).

Porque, Paulo sabia, que todo sofrimento que ele tinha, nessa vida presente, não iria refletir a esperança que ele tinha na vida futura! Ele tinha consciência da vida futura, (Tt, 1-2), da vida após a morte!

Por isso que ele também falou essa frase aqui: "Mas se esperamos o que não vemos. "

O que não vemos?... O mundo espiritual!... Esperava o que não via. Com paciência o aguardamos!

Então, que Deus nos Abençoe!...

Obrigado!

FIM

domingo, 22 de janeiro de 2023

OS 4 PILARES DO EQUILÍBRIO

 Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 29/12/2018, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=qP7d56W7t-o

Boa noite!

Bom, esse tema, ele é uma... Ele ocorre, ele foi feito, essa palestra (preparada), já há alguns meses, em função do mês de setembro (2018), que foi destinado a várias palestras, várias ações, com relação ao Suicídio.

Então esse tema é continuidade do que vem sendo falado desde o começo de setembro. Inclusive, numa palestra anterior, foi falado sobre a fé, porque conforme nós vimos, numa citação anterior, do Evangelho Segundo o Espiritismo, um dos motivos do suicídio, é a falta de Fé!

E na palestra anterior, que nós vimos, nesses últimos 3 meses, nós vimos que não é só questão de fé em Deus. Existem 4 tipos de Fé:

(1) - Fé na própria vida,

(2) - Fé na própria pessoa,

(3) - Fé em Deus,

(4) - E Fé também na Ciência.

Então, mas não é só (ausência de) Fé que define a ocorrência do Suicídio. E pensando nesse tema, foi que eu elaborei essa palestra de hoje, que é: Os 4 Pilares do Equilíbrio.

Porque, toda vez que uma pessoa se suicida, além da falta de Fé, ela demonstra falta de equilíbrio. Então que nós veremos hoje é como nós podemos preservar esse equilíbrio, no nosso dia a dia, na nossa vida, o que pode nos chamar atenção de que nós estamos correndo risco de chegar ao desequilíbrio. É isso que nós veremos hoje.

Bom, os 4 pilares do equilíbrio:

O primeiro pilar é reencarnação e família. É baseado no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo IV: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.

Então, na verdade, a família é o principal pilar do equilíbrio. Então nós temos aqui (a imagem na tela) de uma mesa, o equilíbrio e a família.

A família é o primeiro pilar. E a reencarnação vem junto também, conforme nós veremos a seguir, na citação do Evangelho Segundo o Espiritismo, no referido capítulo IV, Item 18:

No espaço, os Espíritos, formam grupo ou famílias, entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança nas inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação, apenas momentaneamente os separam, porquanto, ao regressarem a erraticidade novamente se reúnem, como amigos que voltam de uma viagem.

Então a verdadeira família... A família material é importante, ela é fundamental, ela é o pilar do equilíbrio na nossa vida física. Mas a nossa grande família é a família espiritual. É de lá que nos saímos e reencarnamos. A reencarnação é uma base, é um pilar da Doutrina Espírita.

Nós vivemos e não apenas durante uma vida. Nós morremos na carne, voltamos para o Plano espiritual e reencarnamos numa nova existência, para dar continuidade no nosso aprendizado.

Porque a gente sabe que numa vida apenas, não é possível atingir a perfeição necessária. É impossível numa vida só. Mesmo se fosse com relação apenas... ...porque nós evoluímos em moralidade, ou seja, em sentimentos e nós evoluímos em intelectualidade, ou seja, em conhecimento.

Pela questão da moralidade é impossível a uma pessoa atingir todas as virtudes numa reencarnação só. Assim como também é impossível atingir todo o conhecimento. A pessoa, no máximo, vai ficar louca de tanto estudar e não vai conseguir isso. É por isso que existe a reencarnação.

Bom, nesse mesmo capítulo IV, na passagem do item 18, continua: Muitas vezes, até uns seguem a outros, na encarnação, vindo aqui, reunir-se numa mesma família ou num mesmo círculo, afim de trabalharam juntos pelo seu mútuo adiantamento.

Então a família é o 1º pilar do equilíbrio. Isso que é importante que as pessoas tenham conhecimento, tenham a consciência disso, porque muitos acham assim: Ah, eu cresci, eu sou adulto, eu não preciso mais da família. Ah, eu não me dou bem com o meu pai, eu não me dou bem com a minha mãe. Ah, eu não me dou bem com o meu irmão, eu não me dou bem com o meu primo. Seja lá o que for!

Mas a verdade, é que quando acontece alguma grande provação, alguma grande necessidade, o pilar que nos sustenta, é a família! É pai, é mãe, é irmão, pode ser aquele irmão que mais lhe espinhava! Pode ser aquela irmã que mais lhe espinhava! Mas numa grande provação, numa grande necessidade, é a família, alguém da família que vai dar apoio.

Por isso que o pilar da família é o primeiro que estabelece o equilíbrio. Tanto é que, quando o Espírito reencarna... Aquele corpo velho, de uma vida passada, esse é a parte material, esse se dissolve, esse acaba, o Espírito não morre, o Espírito sai do corpo... Quando reencarna, esse Espírito é ligado ao corpo que vai nascer, recebe um novo corpo. Não é o mesmo não! Esse novo corpo é pequenininho, uma criancinha, que nem aquela ali, totalmente indefesa! Totalmente dependente da mãe, dependente dos cuidados da família.

Então o primeiro pilar do equilíbrio é a família.

Aí depois vem o segundo pilar: Isso está no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo I: Não vim destruir a Lei, é o capítulo, que é a Ciência e a Religião.

Então o equilíbrio: (1) Família e (2) Religião.

Ciência e Religião. As pessoas acham assim: Que Religião não é importante. É um grande erro esse raciocínio! E tem pessoas que são ateus, não acreditam em Deus. Não têm religião. Então que acontece com elas? Se são 4 pilares, toda a estrutura dela, está se baseando em apenas três! Se algum desses outros pilares, tipo assim, a família por exemplo, se distancia da família, sobra só dois pilares.

Ela fala que ela é ateia, ela não acredita em Deus. Esse é o raciocínio dessa pessoa. Ela acha que não precisa de religião. Na verdade, a religião é um grande pilar de sustentação do equilíbrio. A religião é que ensina a pessoa que ela não é Deus! Que ela não é tão forte que nem ela pensa.

A religião é que ensina a pessoa de que ela precisa de algo mais: Ela precisa de Deus, Ela precisa de ter um norte, uma orientação. Quem acha que não precisa de religião, ele está acreditando apenas em si, naquilo que ele estuda, naquilo que ele entende. Mas e se ele estiver errado?... E se surge uma situação que para ele é nova?... Nunca aconteceu!...

Pode ser que ele vai fazer uma escolha... A nossa vida é cheia de escolhas! Nós sofremos as consequências pelas escolhas erradas e nós recebemos os méritos pelas escolhas certas. Um acidente de trânsito, que nem nós vimos essa semana aqui em Campo Grande (MS): Uma discussão de trânsito, a pessoa fica nervosa, entra no carro e avança com o carro em cima da outra pessoa e mata a outra pessoa!... Tira a vida da outra pessoa!... As vezes era um acidente simples de trânsito, fácil de resolver!... Mas pela escolha da pessoa naquele momento, gera um grande transtorno!...

É por isso que a gente não pode confiar apenas nos nossos sentimentos, apenas no nosso conhecimento. É onde encaixa a religião!... A religião vem e nos fala: Olha, você tem que ser tolerante. Olha, você é limitado, você não sabe tudo, você é imperfeito, você tem que ter mais paciência. Isso a religião vem nos ensinar.

Bom, nesse capítulo I, diz assim: A ciência e a religião são as duas alavancas da inteligência: Uma revela as leis do mundo material, a outra, as do mundo moral.

Então veja que não adianta só o conhecimento, porque o conhecimento só vai atingir o lado material, sem uma religião. A religião é que permite conhecer esse lado moral. E por moral, também entende o lado espiritual.

Eu vou voltar naquela citação do capítulo IV. A gente ainda vai ver ela em todos os pilares.

Muitas vezes, até uns seguem a outros na reencarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma "família". É o primeiro pilar. Ou em um “mesmo círculo”. Aí onde entra a religião.

Porque pode ser que a pessoa, esteja num local muito distante de onde nasceu, longe da sua família. Então esse pilar de sustentação do equilíbrio vai estar comprometido. Mas se ela tem uma religião, ela vai na Igreja, ela vai no Centro Espírita, ela vai no Templo, ela vai fazer as suas orações e (isso) vai acalmá-la e vai entrar em contato com outras pessoas. Isso é o que faz o equilíbrio, dentro daquilo que foi dito no início, da nossa grande família espiritual. Então isso aqui é continuação.

Veja que a nossa grande família espiritual nos acompanha na família (física), nos Espíritos que reencarnam ao nosso lado, para nos dar sustentação, que podem, às vezes, nos contrariarem, porque, às vezes, a gente está errado!... E se o Espírito reencarnou para nos ajudar, ele vai ser omisso?... Se for omisso, não está ajudando!... Então ele vai nos espinhar mesmo!... Ele vai falar: Você está errado!... Você não pode fazer isso!... Então são Espíritos da nossa grande família espiritual que reencarnaram na nossa família (física) para nos ajudar. Ou num mesmo círculo!... E nesse mesmo círculo entra a religião, que é então o segundo pilar.

O terceiro pilar: Do Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I: Não vim destruir a Lei. A nova era e o trabalho.

O terceiro pilar, é o trabalho. Nova era, é nova mensagem, novo conhecimento, nova perspectiva. Por exemplo, uma religião é uma nova era, nova perspectiva.

E o trabalho é o pilar. Por que o trabalho é um pilar?... Porque se a pessoa está longe da família, então um pilar está comprometido. Se a pessoa está desligada da religião, um 2º pilar de equilíbrio está comprometido. Mas se ela tem um trabalho e ela se dedica a essa trabalho, a mente dela está ocupada. Ela não tem tempo de ficar raciocinando: Ah, como eu sou infeliz!... Ah, eu sou o homem mais infeliz do mundo!... Tudo está contra mim!... Não abre porta para pensamento negativo. A mente está ocupada.

E fora isso... ...no trabalho, as pessoas se relacionam, fazem amizades. Quantas vezes... ...às vezes, no trabalho, se a gente for analisar bem, a gente tem mais amigos do trabalho, do que de família, sabe?... Às vezes, até de religião.

Ah, eu vou me encontrar esse final de semana, eu vou almoçar com a família de fulano nesse final de semana, que é o meu colega de trabalho, que é o meu chefe!

Então, fora o fato, de que nós reencarnamos para nos melhorar, em conhecimento e em virtudes. Como nós vamos nos melhorar em virtudes sem se relacionar com outras pessoas?... Porque é fácil falar assim: Ah, eu sou bonzinho!... Não, eu sou tolerante!... Ah, eu sou um poço de paciência! Mas de repente, lá no trabalho, aí que ele realmente vai provar que ele é um poço de paciência, no relacionamento com as outras pessoas.

Então o trabalho... ...fora que o trabalho possibilita renda! A renda é que determina um círculo de atividade da pessoa, que ela nem vai pensar em suicídio!... Porque o suicídio é um dos crimes mais grave que existe!

Porque, estima-se que há em torno de 30 bilhões de Espíritos girando em torno do Planeta Terra. Encarnados não tem 8 bilhões (2018). Então a quantidade de Espíritos esperando para reencarnarem é muito maior do que as possibilidades humanas de receberem esses Espíritos a reencarnarem.

Então enquanto uns estão reencarnando e reencarnando por quê?... Porque mostraram um melhor preparo, um arrependimento: Ó, Deus, eu errei!... Eu briguei com o meu pai, briguei com a minha mãe, eu estava errado!... Eu briguei com o meu vizinho, eu estava errado!... Eu quero reencarnar, eu vou ser bom para o meu pai, eu vou ser bom com minha mãe, eu vou fazer as pazes com o meu vizinho, eu vou trabalhar, não vou reclamar!... Então (Deus) leva em consideração esse arrependimento e permite a reencarnação.

Ele reencarnou, de repente, dez, quinze, ficaram lá esperando para reencarnarem!... E aí quando ele reencarna, comete suicídio?... Então antes tivesse dado a oportunidade para outros. O tempo que ele desperdiçou!

Difícil não é voltar lá, para a família espiritual. A morte é rápida! Difícil é reencarnar!... Olha a criancinha ali, quanto tempo vai levar para crescer, para ser um adulto, para tomar consciência de si mesmo?...

Não sabe falar, depende de tudo para se alimentar, não sabe escrever, não saber ler, não sabe trabalhar, não tem um ofício. Quanto tempo vai levar?... Difícil realmente é reencarnar.

Bom, o trabalho é o 3º pilar de sustentação do equilíbrio.

Do Evangelho Segundo o Espiritismo: Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto, sois o grau de areia, mas sem grau de areia, não existiriam montanhas. Assim pois, que essas palavras, somos pequenos, careçam para vós de significação. A cada um, a sua missão, a cada um, o seu trabalho.

Então cada um de nós: Temos o nosso trabalho e nós estamos construindo alguma coisa, sabe?... Nos relacionamentos do dia a dia, seja qual for o nosso trabalho. E nós não somos pequenos, porque o grau de areia é que faz a montanha.

Voltando na naquela mesma citação, lá do item 18: Muitas vezes, até uns seguem a outros na reencarnação, vindo aqui reunir-se na “família”, ou num “mesmo círculo”, afim de trabalharem juntos!...

O trabalho é o 3º pilar de sustentação do equilíbrio.

E por fim, o 4º pilar: Do Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXII: Não separeis o que Deus juntou. Casamento e amor.

Então, nasceu, uma criancinha, dependia totalmente do pilar da família. A família, também é responsável por ajudar essas crianças a seguir uma religião. O pai e a mãe, têm a obrigação de dar também para as crianças, aos jovens, o ensinamento religioso.

Se quando crescer, for adulto, resolver que não quer aquela religião, e que quer outra religião, o importante é que tenha uma religião. Porque nessa religião que ele vai se sentir bem, ele vai se relacionar com outras pessoas e vai se relacionar com Deus!... Cada um tem o seu momento na jornada evolutiva. Então se ele acha que outra religião é melhor agora, que seja para ele! Mas o importante é que os pais ajudem os filhos a ter noção de religião, de relacionamento com Deus.

Então pai e a mãe, além do pilar da “família”, ajuda a estabelecer o pilar da “religião”. E a criança vai crescer, vai se habilitar para o “trabalho”, e vai ingressar no trabalho que é o 4º pilar (erro), (certo) o 3º pilar do equilíbrio.

E posteriormente, ele vai querer também... ...porque nós somos limitados, nós somos incompletos. E conforme disse a mensagem: Muitos Espíritos reencarnam juntos, para nos ajudarem. Como assim? Reencarnam juntos? Então reencarna um, como homem, reencarna outro, como mulher, vão se conhecer e vão se casar. Aí onde o casamento entra, como um pilar de sustentação. Então, casamento e amor. Não é só casamento, é amor também.

Então a família, o trabalho, a religião e o amor, é que estabelecem o equilíbrio.

Do Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXII: No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem.

Então vejam só: No casamento, o que é de ordem divina, é o relacionamento, para que tenha a substituição daqueles que estão desencarnando. Se tem 30 bilhões de Espíritos lá, se o homem e a mulher não tiverem filhos, como que vai dar oportunidade para esses Espíritos reencarnarem?

Bom, então nós estabelecemos uma premissa interessante: Que casamento, tem que ser entre homem e mulher!... Por que?... Porque senão não permite a substituição dos seres (humanos) que morrem.

Só que isso tem continuidade: Mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no mundo inteiro, nem mesmo na cristandade dois países onde elas sejam absolutamente idênticas.

O que é humano, então? As condições que regulam o casamento. O que é de ordem divina?... O casamento então é humano! O casamento é humano. O que é de ordem divina?... A necessidade de procriação! Isso é de ordem divina.

Mas só que não termina. Estão vendo esses três pontinhos aqui?... É porque continua: E tem o "mas", porque sempre um "mas": Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material...

A par! Por que a par? Por ambos andam lado a lado, que então em grau, no mesmo grau!...

A par da lei divina, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor!...

Lei de novo. Então, o casamento é uma lei divina, e tem necessidade de ser entre um homem e uma mulher por questão de procriação. Mas a par disso, tem a lei de amor. Então é 50% casamento e 50% amor.

E no Livro dos Espíritos, quando indagado sobre isso, o que foi respondido é o seguinte: Que o casamento é a união de dois seres. (297, 386, 695, 936, 939).

Não falou de um homem e uma mulher. Por que?... Porque há mulher que pode casar com mulher. E a homem que pode casar com homem. Eles vão estar perfeitos?... Não!... Porque se é 50% de um lado e 50% do outro, então no máximo que eles vão conseguir é 50% perante Deus. (Exceto se adotarem).

Quem vai conseguir 100%?... Então o homem e a mulher que se casam e têm filhos e amam os filhos, educam os filhos e são bons para os filhos. Então esses atingiram 100%!...

Um homem e uma mulher que casam por egoísmo, por simplesmente buscar prazer e não têm filhos, o que eles conseguem? No máximo 50%!... Casou e de repente, nem isso não consegue!... Porque, às vezes, casa por ambição, casa por interesses materiais, ou seja, não tem nem a presença do amor!... Então o que tem? Então 10%?...

De repente, então uma mulher que casa com outra mulher, de repente, pode até ter mais!... (Se adotarem). Porque se têm amor, no mínimo já garantiu 50%. Essa é a lei de Deus e a lei de equilíbrio, porque se o casamento e o amor é um ponto de equilíbrio, se uma mulher sentiu esse amor por outra mulher, ou um homem sentiu esse amor por um outro homem, ele está buscando o equilíbrio dele! Esse pilar do equilíbrio.

De repente, de que iria adiantar para ele falar: Eu sou homem e vai ficar assim. De repente, a família, o pilar da família está comprometido; de repente, o pilar da religião está comprometido; de repente, o pilar do trabalho está comprometido. E aí não tem amor, tem total desequilíbrio!...

Que nem nós vimos acontecer esse ano, há cerca de 30 dias, lá em São Paulo, um senhor, 48 ou 49 anos, dentro de uma igreja, matou quatro pessoas e se matou. Religião estava fora, porque ele condenava a religião do pai dele. Ele vivia com o pai dele de favor, com quem ele era brigado, não gostava porque achava que o pai dele estava errado, por seguir uma religião. Então pilar da religião, fora. Pilar da família? Fora, porque era brigado com o pai. Pilar do Trabalho? (Fora). Ele era muito inteligente. Era um homem inteligente, era um homem bonito, um homem que foi muito vaidoso na juventude, teve a opção de casar com muitas pessoas, mas por vaidade, não quis! Quis ficar solteiro! Então pilar de relacionamento, casamento e amor?... Não! Por fim, o que tinha? Nada!... Só o desequilíbrio e o desequilíbrio levou ele ao suicídio e se não bastasse, ainda tirou a vida de 4 pessoas.

Bom, então voltando naquela nossa citação, nós vemos que no fim aqui, ele fala (Registra): Juntos pelo seu "mútuo" adiantamento.

Essa passagem estabelece os 4 pilares.

Uns segue a outros na reencarnação, vindos aqui reunir-se numa mesma "família", ou num "mesmo círculo", que é a "religião", afim de "trabalhar", que é o "trabalho", juntos para o seu "mútuo" adiantamento. Mútuo adiantamento.

Bom, então isso estabelece o equilíbrio humano. Os 4 pilares do equilíbrio humano: Trabalho, família, amor e religião.

Para o perfeito equilíbrio e a felicidade precisa de todos. É possível viver sem algum)? É!... Já falei que é. Quem comete suicídio é porque esses 4 pilares já foram perdidos. Quem se sente perdido na vida é porque esses 4 pilares já foram corrompidos.

E aqui algumas virtudes que podem reforçar esses pilares. Humildade e dedicação para o trabalho é necessário. Família: Perdão e respeito é necessário. Amor: Tolerância e caridade. Religião: Fé e esperança. Bom, tudo isso, em função do que foi explicado no início, do suicídio.

Isso aqui (na tela) é uma pesquisa que foi feita por uma professora da Unicamp, uma psiquiatra, Neury Botega. Isso foi feito em 2011: O problema em números no Brasil, taxa de suicídios!

Vejam que o Mato Grosso do Sul está entre os Estados que mais têm suicídios. Só perde para o Rio Grande do Sul, como se “perder” fosse alguma vantagem.

E o interessante, a questão dos pilares do equilíbrio, como é que (sem) os pilares influência no suicídio: Homens: 8, Mulheres: 2. Então em cada 4 suicídios, 3 são de homens. Porque homem é que se distancia mais da família. Homem é que é mais bruto: "Eu vou ficar com esse negócio de amor? Eu não!" Então não estimula a afeição. Homem é que quando perde o emprego... Homem age assim: A minha função é o trabalho. Eu que trago dinheiro para casa. Aí de repente, perde o emprego, tirou o tapete, puxou o tapete do homem. O alicerce foi embora. Aí acaba acontecendo isso: Maior (índice) de suicídio.

Outro, isso aqui perante o mundo: Então o Brasil é até pouco. Em cada 100 mil pessoas, em cada 100 mil pessoas 5 se suicidam no Brasil. Será que é pouco?...

Eu me lembro de um comercial, da Austrália, onde perguntaram para um senhor, na rua (auditório): Escuta, aqui na Austrália, 300 pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito; quanto que o senhor acha que deveria ser aceitável?...

E a pessoa respondeu: Uns 100, não é?... De 300 baixou para 100. Uns 100!...

E a repórter falou: Então tá!... Olha, não conseguimos juntar 100 de seus parentes, mas o que nós conseguimos juntar, vamos trazer. Aí chamou e entrou pai, mãe, filho, primo, irmão, avô... E a pessoa arregalou os olhos e a repórter perguntou de novo: Então, qual o número que você acha que seria aceitável?...

Zero!... Pois é. Zero! Esse seria o número aceitável. Assim como de suicídio também!... A cada 100 mil, quantos seriam aceitáveis? Zero!...

Mas interessante que em outros países (esse número triplica) e em países que considerados muito desenvolvidos: Japão, Finlândia, Bélgica, por que?... Falta os pilares do equilíbrio.

Afinal, o que falta em sua vida? Trabalho, família, amor ou religião?...

Deus nos abençoe.

FIM

sábado, 17 de dezembro de 2022

O PODER DA FÉ - OS 4 TIPOS DE FÉ

 

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 25/11/2018, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=sjIUtLtLgT8

 

Boa noite. Boa noite!

Boa noite, boa tarde no horário de verão.

Nós vamos fazer uma reapresentação de uma palestra que já foi apresentada aqui, há uns seis meses, que é: A Fé Transporta Montanhas.

Ela é baseada no capítulo 19, do Evangelho Segundo o Espiritismo e se baseia em dois itens dos comentários de Allan Kardec, as anotações de Allan Kardec:

1 - O poder da fé e a fé religiosa;

2 - E condição da fé inabalável.

Allan Kardec, ele fez esse capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo e ele se baseou no Evangelho de Mateus, Capítulo 17, Versículo 14 a 20. Então lá "diz" assim:

Quando Jesus veio ao encontro do povo, Um homem se aproximou e, lançando-se de joelhos, a seus pés, disse: Senhor, tenha piedade de meu filho, que é desequilibrado e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Eu o apresentei aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.

Bom, essa palavra, às vezes, uma frase dita, revela muitas coisas que aconteceram antes. Por exemplo: O homem, ele se apresentou e não disse que o filho dele sofria com perseguição de algum Espírito. Ele não disse que a família dele passava por alguma dificuldade pela situação do filho. Ele simplesmente jogou a culpa tudo em cima do filho. Falou: Não! Meu filho que é desequilibrado!

Na sequência, ele falou assim: Só que eu apresentei ele aos teus discípulos e eles não conseguiram curar ele não!... E aí apresentou para Jesus como quem fala assim: Será que você consegue?...

Jesus vendo aquilo e de imediato, já conhecendo também o histórico da família, porque geralmente quando um Espírito está perseguindo uma criança, é porque os perturbados são os adultos. São os pais.

Só que os pais, são mais enraizados na carne, mais firmes no egoísmo, sabe?... No orgulho, na vaidade, na ignorância, mais endurecidos!... Isso faz com que seja mais difícil daquele perseguidor espiritual atingir tais pessoas. Porque, se uma pessoa é má e vem outra pessoa má para perseguir, não vai conseguir!... Ambos são maus!...

Mas se o Espírito mau, quer perseguir alguém que é mau, como que ele vai fazer?... Porque maldade não vai resolver!... Então que ele faz?... Persegue os filhos que são mais sensíveis ainda, muitos ainda estão em desenvolvimento. Então para perseguir os adultos, muitos Espíritos perseguem os filhos.

Então Jesus entendeu, só pela palavra do homem, que o erro ali, não era daquela criança!... Era daquela família, daqueles adultos. Então ele respondeu, dizendo:

Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei com vocês? Até quando os suportarei? Tragam-me aqui esse menino!... E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou curado.

Então vejam só: Era um Espírito! A criança não tinha nenhuma doença! Não era desequilibrado que nem o pai taxou. Na verdade, desequilibrada era a família. O ambiente em que ele vivia que possibilitava que aquele Espírito mau perseguisse a criança.

E Jesus disse: Ó raça incrédula e depravada!... Porque eram pessoas sem fé!... Isso, essa passagem aconteceu, logo (quase) no início, quando Jesus começou a fazer a pregação. Porque nos últimos (dias), já no final, é evidente que a equipe de Jesus (em tese) estava preparada. Os Apóstolos estavam escolhidos, já preparados, encaminhados, para desempenhar a função que a eles estava destinada. Mas (quase) no início, ainda não tinha uma equipe.

E geralmente, as pessoas acham assim: Jesus reencarnou e aí veio programado já reencarnando junto, (apenas) os doze Apóstolos. Não foi bem assim!... Jesus reencarnou e reencarnou uma grande equipe de Espíritos, inclusive, em outros países também, que era para dar condições, sustentação, para que depois o Evangelho fosse divulgado.

Aqueles que reencarnaram mais próximos de Jesus e foi uma grande equipe, quando Jesus veio, não estava definido quais seriam os doze. Sabia-se quais Espíritos eram mais preparados. Acontece, que antes de reencarnar, é fácil dizer: Fulano está mais preparado!...

Eu até posso citar o exemplo de Allan Kardec!... Quando teve uma reunião no Plano Espiritual (Irmão X), para escolher quem iria desempenhar a missão de Allan Kardec, nem todos foram favoráveis a Allan Kardec.

Porque Allan Kardec era (é) um Espírito enérgico, mais taxativo, mais vigoroso. Mas Jesus falou: Não! Ele serve!... E de fato era!... Para definir a Doutrina, para separar o joio do trigo, porque as informações que chegaram a Allan Kardec era uma grande quantidade! Mensagens de tudo quanto é tipo!...

Ele que teve de ter o discernimento intelectual e moral para separar o joio do trigo e depois distribuir: Ah, isso é assunto mediúnico. Ah, isso é assunto de evangelho, um outro livro, que depois veio a ser o Evangelho Segundo o Espiritismo. Ah, esse assunto, um outro livro, para tratar sobre a vida após a morte ou então, posteriormente, veio o livro Céu e Inferno.

Mas naquele momento, para traçar aquele aspecto científico e filosófico, Kardec precisou separar as perguntas e quais que tinham de ser complementadas, em qual que tinha dúvida. Então precisava de um Espírito realmente daquele jeito!... Enérgico, com bom discernimento, com muito senso crítico, de razão.

Bom, na época de Jesus a mesma coisa!... Os Espíritos reencarnaram, mas quem será que estava preparado para ser escolhido como Apóstolo?... Porque, quando a gente fala assim: Ah, os 12 Apóstolos!... Mas quais são mesmos?...

Ah, foi Paulo... não!... Paulo foi depois! Ah, foi Pedro, João, ah... Mateus, Marcos... Marcos, não!... Marcos não foi Apóstolo! A gente simplesmente não lembra! Então mesmo dos doze, uns se destacaram, outros não!...

Bom, então essa passagem aqui, Muitos acham aqui assim, que Jesus brigou, falou bravo, em função dos Apóstolos, já que o homem disse: Ah, os teus Apóstolos não conseguiram curá-lo... Bom, aí vem a sequência:

Os Discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que nós não conseguimos expulsar esse demônio? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da sua falta de fé. Pois na verdade eu digo a vocês: se tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, diriam a esta montanha ‘transporta-te daí para ali’ e ela se transportaria e nada seria impossível para vocês.

É a sequência. Então, vejam só: Se Jesus tivesse sido enérgico com os Apóstolos, então como que logo na sequência, os Apóstolos foram lá conversar com Ele, Tranquilos: Mestre, e aí?... Por que nós não conseguimos?...

Então é muito evidente que Jesus foi taxativo e imperioso, não com os Apóstolos, mas com aquela multidão que estava lá e que não estava acreditando!... Porque tem passagem que diz assim: Teve uma vez que Jesus passou em Cafarnaum e lá está escrito: E fez ali poucos milagres, porque não acreditaram nele!...Então depende também da Fé das pessoas!... Até para Jesus, dependia da fé das pessoas em acreditarem, que é o que Jesus realmente estava falando aqui: Se os Apóstolos tivessem fé verdadeira, até uma montanha eles poderiam transportar.

Bom, no livro, lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sequência, teve o comentário de Allan Kardec. É um comentário pequeno. Ele tem mais ou menos uns quatro ou cinco parágrafos. Dá meia página. E o interessante, se a gente for analisar item por item dessa passagem, do comentário de Allan Kardec, a gente percebe que ele fez uma distinção de quatro tipos de fé:

1 - Fé no Destino.

2 - Fé em si mesmo.

3 - Fé em Deus.

4 - E Fé na ciência.

Esse é (o tema) que nós vamos meditar hoje e vamos analisar. Então Fé no Destino. Esse é o comentário de Allan Kardec:

As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, enfim, com que se depara da parte dos homens mesmo quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.

Então por que Fé no Destino?... O destino está traçado?... Não!... A Doutrina Espírita nos ensina que não existe fatalidade definida, porque se existisse, tipo assim, tudo no nosso destino já estar escrito, se tivesse essa definição, então qual a nossa responsabilidade pelos nossos erros?... Já estava escrito!... Ou então, qual o nosso mérito pelos nossos acertos, se já tivesse tudo escrito?...

Então não é assim. O destino não está traçado, porque o destino depende das nossas escolhas! É o nosso Livre-Arbítrio. Nós escolhemos. É o nosso Livre-Arbítrio. Se nós fazemos boas escolhas, então temos mérito por isso. Se nós fazemos más escolhas, então sofreremos as consequências e somos responsáveis por isso. Não estava escrito não. Nós escolhemos!...

Agora, o que está definido como fatalidade?... É por exemplo, vai casar com quem, quem vai vir como filho, se vai nascer para passar pela provação da riqueza, então vai ser encaminhado para que receba bastante dinheiro, bastante riqueza!...

E (alguém) fala: Mas então porque eu..., mas se é assim, então por que eu não escolhi essa provação?... Então por que eu estou sofrendo a pobreza aqui?...

Porque, a riqueza..., qual o objetivo da reencarnação?... É melhorar, é evoluir!... O difícil não é desencarnar. Não é a morte que é difícil. O difícil é o nascimento!... Porque exige muita preparação antes, exige muito sofrimento no início, que é (são) os nove meses, depois ainda existe mais uma fase de sete anos, de suscetibilidades, de doenças materiais, de possibilidades de perseguições espirituais, que nem a gente viu na passagem onde o filho estava sendo perseguido por um mau Espírito. Depois disso ainda vem a fase escolar. Até a pessoa estar apta a começar a sua jornada, vai um longo tempo!...

Então é muito sacrifício isso. Então vejam só: Por que o Espírito iria recorrer, escolher a riqueza, se a riqueza, de repente, só tem facilidade?... Se a riqueza é uma provação muito grande?...

Por isso que Jesus disse assim: É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Aí os Apóstolos falaram assim: Puxa Jesus, mas então ninguém vai se salvar!... Aí Jesus falou: Não, o que é impossível para os Homens, para Deus e possível!... Para Deus, tudo é possível!... E tem a ver com o que a gente está estudando hoje, que é a questão da Fé!...

Bom, então o destino, não é o nosso acontecimento na nossa vida. O destino é o universo conspirando a nosso favor! Se nós reencarnamos, foi para ter um bom objetivo, para ter um bom resultado.

Então a vida conspira a nosso favor! Deus conspira a nosso favor, para que as coisas deem certo! Quando são erradas, podem examinar: foi por escolha da pessoa. Às vezes, por teimosia, por impaciência, por intolerância, às vezes, por vaidade, às vezes, por orgulho, às vezes, por ambição desmedida. Sempre foi escolha da pessoa, mas a vida em si, conspirou para que aquela pessoa tivesse êxito.

Até na doença, isso acontece. Porque, muitas vezes, o doente está lá, o médico fala: Não, esse já não tem mais salvação. Esse vai morrer! Só que fica lá e, de repente, a vida vai conspirando a favor daquela pessoa, vai encaminhando, vai ajeitado, os órgãos vão se restabelecendo, porque ainda não é o momento do desencarne!... E, de repente, a pessoa se recupera e fica curada! E falam assim: Foi um milagre!... Foi um milagre da vida!...

Bom, esse é o primeiro tipo de Fé. A gente tem que ter essa confiança na vida, que as coisas vão dar certo, desde que a gente tenha também prudência e fazer as escolhas certas.

Na sequência, Allan Kardec continuou: Noutro significado, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite que se veja em pensamento a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui, por assim dizer, caminha com absoluta segurança. Tanto num como noutro caso, ela pode dar lugar a que se executem grandes coisas.

Grandes coisas! Então a Fé é isso mesmo! Se a vida conspira a nosso favor, então nós temos que acreditar!... Para andar, o que precisa?... O primeiro passo! Mas o primeiro passo, ele inicia por si mesmo?... Não!... Nós é que temos de dar o primeiro passo! Nós é que temos de acreditar!...

Se a gente tem um sonho e a gente pensa assim: Não!... Isso é impossível! E deixa de lado. Só que, de repente, ali do lado, tem uma outra pessoa, que tem o mesmo sonho e ela acredita!... E ela vai em busca e ela luta por aquilo. E o universo, a vida conspira a favor e a pessoa tem êxito!

E aí as pessoas falam: Nossa, como teve sorte!... Como assim sorte?... Teve dedicação, teve empenho. Ela acreditou nela mesma! Ela trabalhou, ela buscou, ela caiu, mas se levantou!... Porque uma palavra que está muito em moda agora, é resiliência!... O que é resiliência?... É por exemplo, uma bexiga redonda, a gente aperta, ela encolhe, mas a hora que a gente solta ela volta ao normal. Isso é resiliência! Resiliência é a gente sofrer alguma situação, mas não ficar presa ao sofrimento!... A gente, a hora que passa aquilo, a gente se recompõe, se levanta, joga o pó para trás, esquece isso e segue em frente! Isso é ter Fé em si mesmo.

Fé em Deus. Esse é o terceiro tipo: Devemos não confundir a fé com a arrogância. A verdadeira fé se combina com a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, sendo simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos insucessos que lhe são infligidos.

Então, nós temos que ter Fé em nós mesmos, mas também temos que ter Fé em Deus. Por isso que Jesus disse: Bate e abrir-se-vos-á. Então nós temos que ter a nossa fé, fazer a nossa fé. Bater, aí que vai abrir a porta.

Mas também depende do que nós queremos!... O que nós queremos é em prol de quem? É a bem de quem? É a bem da vida? É a bem da natureza? É a bem das pessoas?... Não! É só bem a mim mesmo! É que eu quero ser rico. Ah!... Os Espíritos não vão ajudar! Vão ajudar a outro que está mais necessitado. Deus não vai dar essa ajuda aqui. Então, a Fé em Deus é fundamental.

E Fé na Ciência: O poder da Fé se demonstra de modo direto e especial na ação magnética, por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, que é o agente universal, modifica as suas qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que junta grande poder fluídico normal com uma ardente fé, pode só pela força da sua vontade, dirigida para o bem, operar esses fenômenos especiais de cura e outros, que antigamente eram chamados de milagres, mas que não passam de efeito de uma lei natural.

Eis o motivo por que Jesus disse a Seus apóstolos: “se não o curaram, foi porque não tinham fé”. Então, por que é Fé na natureza? Não é bem Fé na natureza! Eu que cataloguei assim. Mas é Fé em como Deus construiu as coisas.

Desde o princípio, tudo era energia; tudo é energia! Então o remédio que cura é energia!... São átomos combinados, moléculas combinadas, em determinada velocidade, em determinado peso, que formam o remédio. Mas aquelas mesmas moléculas, em outra combinação, formam o veneno!... Como pode ser isso?!... Num momento é veneno, no outro é remédio.

Então depende da energia, o nosso pensamento plasma essa energia. O nosso pensamento vira o instrumento da Fé. Foi o que disse Jesus aos discípulos: Se tivesse Fé, teria curado, (expulsado) aquele Espírito. Teria tido a autoridade moral para expulsar aquele Espírito ou como disse Jesus: Se tivesse Fé, conseguiria fazer coisas infinitas, até transportar montanhas.

Então, a nossa Fé, o nosso poder de pensamento, pode fluidificar a água, por exemplo, é o que exercemos no Passe mediúnico e os Espíritos também ajudam nesse sentido.

Se vê que o nosso pensamento, o nosso pensamento de Fé, de oração a Deus, de Fé em Deus, melhora a nossa energia, abre porta para que os bons Espíritos também nos auxiliem, nos ajudem. Então isso é um tipo de Fé, na Ciência, porque tem a ver com a parte física.

Outras classificações da Fé, conforme reflexões de Kardec:

1 - Fé cega e religiosa;

2 - Fé racional e Fé inabalável.

A Fé religiosa: Devemos concordar que, a resistência do descrente muitas vezes provém menos dele do que da maneira como as coisas se apresentam a ele. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E para crer não basta ver; é preciso especialmente compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que o dogma da fé cega é principalmente o que produz hoje o maior número dos ateus, porque ela pretende se impor, exigindo a renúncia de um dos mais preciosos direitos do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.

Então nós não acreditamos em fé cega. Nós acreditamos porque tem lógica. Nós acreditamos porque o universo não existe por fruto do acaso. A vida é impossível que tenha sido fruto do acaso. Porque os cientistas dizem assim: Ah, o universo se originou do Big Bang, uma explosão inicial.

Mas o que tinha antes da explosão?... E quem iniciou a explosão?... E quem fez os elementos da explosão?... Porque se não tinha nada, não tinha nada para explodir! E como que explodiu?... Então tinha que ter alguma coisa. Se tinha alguma coisa, quem fez?...

É por isso que Albert Einstein, ele dizia assim: Se Deus não existisse, a gente teria de inventá-lo. Porque é a explicação, é o início de tudo. E se a gente analisa o universo, é muito perfeito, muito organizado, muito responsável, não pode ser fruto do acaso.

Então nós acreditamos em Deus, pela perfeição do universo. Mas como é que Deus iria fazer o homem, para sofrer, passar pelas circunstâncias da vida e morrer e acabar tudo!... Isso é uma contradição com Deus!... Mas se nós acreditamos em reencarnação, acreditamos na vida após a morte, então tudo se explica. E até se explica a diversidade, das dificuldades, do sofrimento das pessoas. Cada um tem uma jornada, uma provação, uma expiação. Então um está sofrendo, de repente, o que o outro já sofreu, há muitas reencarnações passadas. Então aí ele compreende aquele sofrimento e respeita. Isso é tolerância, porque ele sabe das dificuldades daquilo. E se ele ainda não sofreu, de repente, vai sofrer no futuro. E se vai sofrer no futuro, como que vai desprezar o sofrimento do próximo agora, se ele também vai passar por aquela situação?...

O fato é que tudo isso, nos leva a Fé em Deus. Não essa fé religiosa, essa fé cega, mas uma fé inabalável.

Fé inabalável! Nós temos certeza da vida após a morte. Nós temos certeza de que não estamos aqui pela primeira vez. Muitas reencarnações tivemos. Muitas reencarnações ainda teremos. Muito temos que aprender, até sermos, verdadeiros homens de bem.

Então essa é a sequência do raciocínio de Allan Kardec: Já a fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade. A criatura então crê pois tem certeza e tem certeza exatamente porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão de frente, em todas as épocas da Humanidade. O Espiritismo conduz a esse resultado, pelo que triunfa da descrença, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Então vejam só, por isso que antigamente, porque essa questão da crença na reencarnação, no início, os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação. E aquilo era divulgado abertamente. Mas com o passar do tempo, após Constantino, lá no Concílio de Niceia, é que instituiu a Igreja e aí tornou a religião como oficial de Roma. A religião Católica, oficial de Roma.

Posteriormente, teve outro imperador, que também era cristão, pois seguiu a sequência dos imperadores católicos. E esse imperador, a esposa dele tinha sido prostituta, antes de casar com ele. Então ela não admitia a reencarnação, porque quanto ela se tornou imperatriz e mandava, tinha muito poder, ela não queria (saber). Se a pessoa iria ter reencarnação, de repente, ela teria de voltar a ser escrava de novo e passar por aquela vida:

Não!... Reencarnação está muito errado!... O melhor é o que eu estou agora! Eu quero que seja o que eu estou agora!... Eu quero ir para o céu do jeito que estou agora!... Não quero saber desse negócio de sofrimento!...

Por isso que a riqueza é uma provação difícil!... Quando a gente vai escolher, fala: Bom, é melhor se garantir na pobreza do que querer ser rico e contrair mais dívida ainda, na riqueza. E aí fala para Deus: Deus me dê o necessário! É o que pede a Deus: O necessário.

Bom, essa mulher, convenceu o marido dela a mudar a lei da igreja, que era para excluir a reencarnação. Não era mais para acreditar em reencarnação. Isso lá pelo ano 400, por aí...

E aí, de lá para cá, se aboliu essa história de reencarnação. Mas a verdade é que a reencarnação sempre existiu. Por isso que diz aqui: Oposição sistemática e interessada.

Às vezes, a Doutrina Espírita, não é combatida (abertamente). Por exemplo, muitos padres, conhecem a Doutrina Espírita, estudam lá nos seminários, eles leem os livros de Allan Kardec e é impossível ler o Livro dos Espíritos, por exemplo, e não entender a lógica do que está ali.

Mas ser padre vira mais do que devoção, mais do que fé, vira profissão. Então eles acreditam, mas sabem que não podem acreditar, eles não podem falar aquilo. E aí onde vem a oposição sistemática e interessada.

E a reflexão final: Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.

E foi justamente o tema do nosso estudo de hoje: O Homem de Bem. (Estudo do ESDE).

Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

Quem disse isso foi o (Apóstolo) Tiago na Epístola dele, capítulo 2, versículos 14 a 18.

Então tenhamos fé em Deus, em Jesus e nos Bons Espíritos.

Obrigado.

FIM