Explicação:
O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no
Youtube em 25/11/2018, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois
é fruto de linguagem coloquial espontânea.
Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=sjIUtLtLgT8
Boa
noite. Boa noite!
Boa noite, boa tarde no
horário de verão.
Nós vamos fazer uma
reapresentação de uma palestra que já foi apresentada aqui, há uns seis meses, que
é: A Fé Transporta Montanhas.
Ela
é baseada no capítulo 19, do Evangelho Segundo o Espiritismo e se baseia em
dois itens dos comentários de Allan Kardec, as anotações de Allan Kardec:
1
- O poder da fé e a fé religiosa;
2 - E condição da fé
inabalável.
Allan Kardec, ele fez
esse capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo e ele se baseou no Evangelho
de Mateus, Capítulo 17, Versículo 14 a 20. Então lá "diz" assim:
Quando Jesus veio ao
encontro do povo, Um homem se aproximou e, lançando-se de joelhos, a seus pés,
disse: Senhor, tenha piedade de meu filho, que é desequilibrado e sofre muito, pois
cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Eu o apresentei aos teus
discípulos, mas eles não puderam curá-lo.
Bom, essa palavra, às
vezes, uma frase dita, revela muitas coisas que aconteceram antes. Por exemplo:
O homem, ele se apresentou e não disse que o filho dele sofria com perseguição de
algum Espírito. Ele não disse que a família dele passava por alguma dificuldade
pela situação do filho. Ele simplesmente jogou a culpa tudo em cima do filho. Falou:
Não! Meu filho que é desequilibrado!
Na sequência, ele falou
assim: Só que eu apresentei ele aos teus
discípulos e eles não conseguiram curar ele não!... E aí apresentou para
Jesus como quem fala assim: Será que você
consegue?...
Jesus vendo aquilo e de
imediato, já conhecendo também o histórico da família, porque geralmente quando
um Espírito está perseguindo uma criança, é porque os perturbados são os
adultos. São os pais.
Só que os pais, são mais
enraizados na carne, mais firmes no egoísmo, sabe?... No orgulho, na vaidade, na
ignorância, mais endurecidos!... Isso faz com que seja mais difícil daquele
perseguidor espiritual atingir tais pessoas. Porque, se uma pessoa é má e vem
outra pessoa má para perseguir, não vai conseguir!... Ambos são maus!...
Mas se o Espírito mau,
quer perseguir alguém que é mau, como que ele vai fazer?... Porque maldade não
vai resolver!... Então que ele faz?... Persegue os filhos que são mais
sensíveis ainda, muitos ainda estão em desenvolvimento. Então para perseguir os
adultos, muitos Espíritos perseguem os filhos.
Então Jesus entendeu, só
pela palavra do homem, que o erro ali, não era daquela criança!... Era daquela
família, daqueles adultos. Então ele respondeu, dizendo:
Ó raça incrédula e
depravada, até quando estarei com vocês? Até quando os suportarei? Tragam-me
aqui esse menino!... E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que
no mesmo instante ficou curado.
Então vejam só: Era um
Espírito! A criança não tinha nenhuma doença! Não era desequilibrado que nem o pai
taxou. Na verdade, desequilibrada era a família. O ambiente em que ele vivia que
possibilitava que aquele Espírito mau perseguisse a criança.
E Jesus disse: Ó raça incrédula e depravada!... Porque
eram pessoas sem fé!... Isso, essa passagem aconteceu, logo (quase) no início,
quando Jesus começou a fazer a pregação. Porque nos últimos (dias), já no
final, é evidente que a equipe de Jesus (em tese) estava preparada. Os
Apóstolos estavam escolhidos, já preparados, encaminhados, para desempenhar a
função que a eles estava destinada. Mas (quase) no início, ainda não tinha uma
equipe.
E geralmente, as pessoas
acham assim: Jesus reencarnou e aí veio programado já reencarnando junto, (apenas)
os doze Apóstolos. Não foi bem assim!... Jesus reencarnou e reencarnou uma
grande equipe de Espíritos, inclusive, em outros países também, que era para
dar condições, sustentação, para que depois o Evangelho fosse divulgado.
Aqueles que
reencarnaram mais próximos de Jesus e foi uma grande equipe, quando Jesus veio,
não estava definido quais seriam os doze. Sabia-se quais Espíritos eram mais
preparados. Acontece, que antes de reencarnar, é fácil dizer: Fulano está mais
preparado!...
Eu até posso citar o exemplo
de Allan Kardec!... Quando teve uma reunião no Plano Espiritual (Irmão X), para
escolher quem iria desempenhar a missão de Allan Kardec, nem todos foram favoráveis
a Allan Kardec.
Porque Allan Kardec era
(é) um Espírito enérgico, mais taxativo, mais vigoroso. Mas Jesus falou: Não!
Ele serve!... E de fato era!... Para definir a Doutrina, para separar o joio do
trigo, porque as informações que chegaram a Allan Kardec era uma grande quantidade!
Mensagens de tudo quanto é tipo!...
Ele que teve de ter o
discernimento intelectual e moral para separar o joio do trigo e depois
distribuir: Ah, isso é assunto mediúnico. Ah, isso é assunto de evangelho, um
outro livro, que depois veio a ser o Evangelho Segundo o Espiritismo. Ah, esse
assunto, um outro livro, para tratar sobre a vida após a morte ou então,
posteriormente, veio o livro Céu e Inferno.
Mas naquele momento, para
traçar aquele aspecto científico e filosófico, Kardec precisou separar as
perguntas e quais que tinham de ser complementadas, em qual que tinha dúvida. Então
precisava de um Espírito realmente daquele jeito!... Enérgico, com bom
discernimento, com muito senso crítico, de razão.
Bom, na época de Jesus
a mesma coisa!... Os Espíritos reencarnaram, mas quem será que estava preparado
para ser escolhido como Apóstolo?... Porque, quando a gente fala assim: Ah, os 12 Apóstolos!... Mas quais são
mesmos?...
Ah, foi Paulo... não!...
Paulo foi depois! Ah, foi Pedro, João, ah... Mateus, Marcos... Marcos, não!... Marcos
não foi Apóstolo! A gente simplesmente não lembra! Então mesmo dos doze, uns se
destacaram, outros não!...
Bom, então essa passagem
aqui, Muitos acham aqui assim, que Jesus brigou, falou bravo, em função dos Apóstolos,
já que o homem disse: Ah, os teus
Apóstolos não conseguiram curá-lo... Bom, aí vem a sequência:
Os Discípulos vieram então
ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que nós não conseguimos expulsar
esse demônio? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da sua falta de fé. Pois na
verdade eu digo a vocês: se tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, diriam
a esta montanha ‘transporta-te daí para ali’ e ela se transportaria e nada
seria impossível para vocês.
É a sequência. Então,
vejam só: Se Jesus tivesse sido enérgico com os Apóstolos, então como que logo na
sequência, os Apóstolos foram lá conversar com Ele, Tranquilos: Mestre, e aí?... Por que nós não
conseguimos?...
Então é muito evidente que
Jesus foi taxativo e imperioso, não com os Apóstolos, mas com aquela multidão
que estava lá e que não estava acreditando!... Porque tem passagem que diz
assim: Teve uma vez que Jesus passou em Cafarnaum e lá está escrito: E fez ali poucos milagres, porque não acreditaram
nele!...Então depende também da Fé das pessoas!... Até para Jesus, dependia
da fé das pessoas em acreditarem, que é o que Jesus realmente estava falando
aqui: Se os Apóstolos tivessem fé verdadeira, até uma montanha eles poderiam
transportar.
Bom,
no livro, lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sequência, teve o comentário
de Allan Kardec. É um comentário pequeno. Ele tem mais ou menos uns quatro ou
cinco parágrafos. Dá meia página. E o interessante, se a gente for analisar item
por item dessa passagem, do comentário de Allan Kardec, a gente percebe que ele
fez uma distinção de quatro tipos de fé:
1
- Fé no Destino.
2
- Fé em si mesmo.
3
- Fé em Deus.
4 - E Fé na ciência.
Esse é (o tema) que nós
vamos meditar hoje e vamos analisar. Então Fé
no Destino. Esse é o comentário de Allan Kardec:
As montanhas que a fé
desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, enfim, com que se
depara da parte dos homens mesmo quando se trate das melhores coisas. Os
preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do
fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o
caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.
Então por que Fé no
Destino?... O destino está traçado?... Não!... A Doutrina Espírita nos ensina que
não existe fatalidade definida, porque se existisse, tipo assim, tudo no nosso
destino já estar escrito, se tivesse essa definição, então qual a nossa responsabilidade
pelos nossos erros?... Já estava escrito!... Ou então, qual o nosso mérito pelos
nossos acertos, se já tivesse tudo escrito?...
Então não é assim. O
destino não está traçado, porque o destino depende das nossas escolhas! É o
nosso Livre-Arbítrio. Nós escolhemos. É o nosso Livre-Arbítrio. Se nós fazemos boas
escolhas, então temos mérito por isso. Se nós fazemos más escolhas, então
sofreremos as consequências e somos responsáveis por isso. Não estava escrito
não. Nós escolhemos!...
Agora, o que está definido
como fatalidade?... É por exemplo, vai casar com quem, quem vai vir como filho,
se vai nascer para passar pela provação da riqueza, então vai ser encaminhado
para que receba bastante dinheiro, bastante riqueza!...
E (alguém) fala: Mas
então porque eu..., mas se é assim, então por que eu não escolhi essa
provação?... Então por que eu estou sofrendo a pobreza aqui?...
Porque, a riqueza..., qual
o objetivo da reencarnação?... É melhorar, é evoluir!... O difícil não é desencarnar.
Não é a morte que é difícil. O difícil é o nascimento!... Porque exige muita preparação
antes, exige muito sofrimento no início, que é (são) os nove meses, depois
ainda existe mais uma fase de sete anos, de suscetibilidades, de doenças
materiais, de possibilidades de perseguições espirituais, que nem a gente viu na
passagem onde o filho estava sendo perseguido por um mau Espírito. Depois disso
ainda vem a fase escolar. Até a pessoa estar apta a começar a sua jornada, vai
um longo tempo!...
Então é muito sacrifício
isso. Então vejam só: Por que o Espírito iria recorrer, escolher a riqueza, se
a riqueza, de repente, só tem facilidade?... Se a riqueza é uma provação muito
grande?...
Por isso que Jesus disse
assim: É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico
entrar no reino dos céus. Aí os Apóstolos falaram assim: Puxa Jesus, mas então ninguém vai se
salvar!... Aí Jesus falou: Não, o que é impossível para os Homens, para
Deus e possível!... Para Deus, tudo é possível!... E tem a ver com o
que a gente está estudando hoje, que é a questão da Fé!...
Bom, então o destino, não
é o nosso acontecimento na nossa vida. O destino é o universo conspirando a
nosso favor! Se nós reencarnamos, foi para ter um bom objetivo, para ter um bom
resultado.
Então a vida conspira a
nosso favor! Deus conspira a nosso favor, para que as coisas deem certo! Quando
são erradas, podem examinar: foi por escolha da pessoa. Às vezes, por teimosia,
por impaciência, por intolerância, às vezes, por vaidade, às vezes, por
orgulho, às vezes, por ambição desmedida. Sempre foi escolha da pessoa, mas a
vida em si, conspirou para que aquela pessoa tivesse êxito.
Até na doença, isso
acontece. Porque, muitas vezes, o doente está lá, o médico fala: Não, esse já não tem mais salvação. Esse vai
morrer! Só que fica lá e, de repente, a vida vai conspirando a favor
daquela pessoa, vai encaminhando, vai ajeitado, os órgãos vão se
restabelecendo, porque ainda não é o momento do desencarne!... E, de repente, a
pessoa se recupera e fica curada! E falam assim: Foi um milagre!... Foi um milagre da vida!...
Bom, esse é o primeiro
tipo de Fé. A gente tem que ter essa confiança na vida, que as coisas vão dar
certo, desde que a gente tenha também prudência e fazer as escolhas certas.
Na sequência, Allan
Kardec continuou: Noutro significado, entende-se como fé a confiança que se tem na
realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie
de lucidez que permite que se veja em pensamento a meta que se quer alcançar e
os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui, por assim dizer, caminha
com absoluta segurança. Tanto num como noutro caso, ela pode dar lugar a que se
executem grandes coisas.
Grandes coisas! Então a
Fé é isso mesmo! Se a vida conspira a
nosso favor, então nós temos que acreditar!... Para andar, o que precisa?... O
primeiro passo! Mas o primeiro passo, ele inicia por si mesmo?... Não!... Nós é
que temos de dar o primeiro passo! Nós é que temos de acreditar!...
Se a gente tem um sonho
e a gente pensa assim: Não!... Isso é impossível!
E deixa de lado. Só que, de repente, ali do lado, tem uma outra pessoa, que tem
o mesmo sonho e ela acredita!... E ela vai em busca e ela luta por aquilo. E o
universo, a vida conspira a favor e a pessoa tem êxito!
E aí as pessoas falam: Nossa, como teve sorte!... Como assim
sorte?... Teve dedicação, teve empenho. Ela acreditou nela mesma! Ela
trabalhou, ela buscou, ela caiu, mas se levantou!... Porque uma palavra que está
muito em moda agora, é resiliência!... O que é resiliência?... É por exemplo, uma
bexiga redonda, a gente aperta, ela encolhe, mas a hora que a gente solta ela
volta ao normal. Isso é resiliência! Resiliência é a gente sofrer alguma
situação, mas não ficar presa ao sofrimento!... A gente, a hora que passa
aquilo, a gente se recompõe, se levanta, joga o pó para trás, esquece isso e
segue em frente! Isso é ter Fé em si mesmo.
Fé em Deus. Esse é o terceiro tipo: Devemos não confundir a fé com a
arrogância. A verdadeira fé se combina com a humildade; aquele que a possui deposita
mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, sendo simples instrumento
da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos
vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho e o orgulho é sempre castigado,
cedo ou tarde, pela decepção e pelos insucessos que lhe são infligidos.
Então, nós temos que ter
Fé em nós mesmos, mas também temos que ter Fé em Deus. Por isso que Jesus
disse: Bate e abrir-se-vos-á. Então
nós temos que ter a nossa fé, fazer a nossa fé. Bater, aí que vai abrir a
porta.
Mas também depende do
que nós queremos!... O que nós queremos é em prol de quem? É a bem de quem? É a
bem da vida? É a bem da natureza? É a bem das pessoas?... Não! É só bem a mim mesmo! É que eu quero ser rico. Ah!... Os Espíritos
não vão ajudar! Vão ajudar a outro que está mais necessitado. Deus não vai dar essa
ajuda aqui. Então, a Fé em Deus é fundamental.
E Fé na Ciência: O
poder da Fé se demonstra de modo direto e especial na ação magnética, por seu
intermédio, o homem atua sobre o fluido, que é o agente universal, modifica as
suas qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre
que aquele que junta grande poder fluídico normal com uma ardente fé, pode só
pela força da sua vontade, dirigida para o bem, operar esses fenômenos especiais
de cura e outros, que antigamente eram chamados de milagres, mas que não passam
de efeito de uma lei natural.
Eis o motivo por que
Jesus disse a Seus apóstolos: “se não o curaram, foi porque não tinham fé”.
Então, por que é Fé na natureza? Não é bem Fé na natureza! Eu que cataloguei
assim. Mas é Fé em como Deus construiu as coisas.
Desde o princípio, tudo
era energia; tudo é energia! Então o remédio que cura é energia!... São átomos
combinados, moléculas combinadas, em determinada velocidade, em determinado
peso, que formam o remédio. Mas aquelas mesmas moléculas, em outra combinação, formam
o veneno!... Como pode ser isso?!... Num momento é veneno, no outro é remédio.
Então depende da
energia, o nosso pensamento plasma essa energia. O nosso pensamento vira o
instrumento da Fé. Foi o que disse Jesus aos discípulos: Se tivesse Fé, teria curado, (expulsado) aquele Espírito. Teria
tido a autoridade moral para expulsar aquele Espírito ou como disse Jesus: Se
tivesse Fé, conseguiria fazer coisas infinitas, até transportar montanhas.
Então, a nossa Fé, o
nosso poder de pensamento, pode fluidificar a água, por exemplo, é o que
exercemos no Passe mediúnico e os Espíritos também ajudam nesse sentido.
Se vê que o nosso
pensamento, o nosso pensamento de Fé, de oração a Deus, de Fé em Deus, melhora
a nossa energia, abre porta para que os bons Espíritos também nos auxiliem, nos
ajudem. Então isso é um tipo de Fé, na
Ciência, porque tem a ver com a parte física.
Outras
classificações da Fé, conforme reflexões de Kardec:
1
- Fé cega e religiosa;
2 - Fé racional e Fé
inabalável.
A Fé religiosa: Devemos
concordar que, a resistência do descrente muitas vezes provém menos dele do que
da maneira como as coisas se apresentam a ele. A fé necessita de uma base, base
que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E para crer não
basta ver; é preciso especialmente compreender. A fé cega já não é deste
século, tanto assim que o dogma da fé cega é principalmente o que produz hoje o
maior número dos ateus, porque ela pretende se impor, exigindo a renúncia de um
dos mais preciosos direitos do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.
Então nós não acreditamos
em fé cega. Nós acreditamos porque tem lógica. Nós acreditamos porque o
universo não existe por fruto do acaso. A vida é impossível que tenha sido
fruto do acaso. Porque os cientistas dizem assim: Ah, o universo se originou do Big Bang, uma explosão inicial.
Mas o que tinha antes
da explosão?... E quem iniciou a explosão?... E quem fez os elementos da
explosão?... Porque se não tinha nada, não tinha nada para explodir! E como que
explodiu?... Então tinha que ter alguma coisa. Se tinha alguma coisa, quem
fez?...
É por isso que Albert Einstein,
ele dizia assim: Se Deus não existisse, a
gente teria de inventá-lo. Porque é a explicação, é o início de tudo. E se
a gente analisa o universo, é muito perfeito, muito organizado, muito
responsável, não pode ser fruto do acaso.
Então nós acreditamos
em Deus, pela perfeição do universo. Mas como é que Deus iria fazer o homem, para
sofrer, passar pelas circunstâncias da vida e morrer e acabar tudo!... Isso é
uma contradição com Deus!... Mas se nós acreditamos em reencarnação, acreditamos
na vida após a morte, então tudo se explica. E até se explica a diversidade, das
dificuldades, do sofrimento das pessoas. Cada um tem uma jornada, uma provação,
uma expiação. Então um está sofrendo, de repente, o que o outro já sofreu, há
muitas reencarnações passadas. Então aí ele compreende aquele sofrimento e
respeita. Isso é tolerância, porque ele sabe das dificuldades daquilo. E se ele
ainda não sofreu, de repente, vai sofrer no futuro. E se vai sofrer no futuro, como
que vai desprezar o sofrimento do próximo agora, se ele também vai passar por
aquela situação?...
O fato é que tudo isso,
nos leva a Fé em Deus. Não essa fé religiosa, essa fé cega, mas uma fé
inabalável.
Fé inabalável! Nós
temos certeza da vida após a morte. Nós temos certeza de que não estamos aqui
pela primeira vez. Muitas reencarnações tivemos. Muitas reencarnações ainda
teremos. Muito temos que aprender, até sermos, verdadeiros homens de bem.
Então essa é a
sequência do raciocínio de Allan Kardec: Já a fé raciocinada, por se apoiar nos fatos
e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade. A criatura então crê pois tem
certeza e tem certeza exatamente porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé
inabalável só é aquela que pode encarar a razão de frente, em todas as épocas da
Humanidade. O Espiritismo conduz a esse resultado, pelo que triunfa da
descrença, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.
Então vejam só, por
isso que antigamente, porque essa questão da crença na reencarnação, no início,
os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação. E aquilo era divulgado abertamente.
Mas com o passar do tempo, após Constantino, lá no Concílio de Niceia, é que
instituiu a Igreja e aí tornou a religião como oficial de Roma. A religião
Católica, oficial de Roma.
Posteriormente, teve outro
imperador, que também era cristão, pois seguiu a sequência dos imperadores
católicos. E esse imperador, a esposa dele tinha sido prostituta, antes de
casar com ele. Então ela não admitia a reencarnação, porque quanto ela se
tornou imperatriz e mandava, tinha muito poder, ela não queria (saber). Se a
pessoa iria ter reencarnação, de repente, ela teria de voltar a ser escrava de
novo e passar por aquela vida:
Não!... Reencarnação está muito errado!... O melhor é o que
eu estou agora! Eu quero que seja o que eu estou agora!... Eu quero ir para o
céu do jeito que estou agora!... Não quero saber desse negócio de
sofrimento!...
Por isso que a riqueza é
uma provação difícil!... Quando a gente vai escolher, fala: Bom, é melhor se garantir na pobreza do que
querer ser rico e contrair mais dívida ainda, na riqueza. E aí fala para
Deus: Deus me dê o necessário! É o
que pede a Deus: O necessário.
Bom, essa mulher, convenceu
o marido dela a mudar a lei da igreja, que era para excluir a reencarnação. Não
era mais para acreditar em reencarnação. Isso lá pelo ano 400, por aí...
E aí, de lá para cá, se
aboliu essa história de reencarnação. Mas a verdade é que a reencarnação sempre
existiu. Por isso que diz aqui: Oposição sistemática e interessada.
Às vezes, a Doutrina
Espírita, não é combatida (abertamente). Por exemplo, muitos padres, conhecem a
Doutrina Espírita, estudam lá nos seminários, eles leem os livros de Allan
Kardec e é impossível ler o Livro dos Espíritos, por exemplo, e não entender a
lógica do que está ali.
Mas ser padre vira mais
do que devoção, mais do que fé, vira profissão. Então eles acreditam, mas sabem
que não podem acreditar, eles não podem falar aquilo. E aí onde vem a oposição sistemática
e interessada.
E a reflexão final: Que
proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura
essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de
mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e
fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito
há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
E foi justamente o tema
do nosso estudo de hoje: O Homem de Bem. (Estudo do ESDE).
Mas dirá alguém: Tu
tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a
minha fé pelas minhas obras.
Quem disse isso foi o
(Apóstolo) Tiago na Epístola dele, capítulo 2, versículos 14 a 18.
Então tenhamos fé em
Deus, em Jesus e nos Bons Espíritos.
Obrigado.
FIM