sábado, 17 de dezembro de 2022

O PODER DA FÉ - OS 4 TIPOS DE FÉ

 

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 25/11/2018, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=sjIUtLtLgT8

 

Boa noite. Boa noite!

Boa noite, boa tarde no horário de verão.

Nós vamos fazer uma reapresentação de uma palestra que já foi apresentada aqui, há uns seis meses, que é: A Fé Transporta Montanhas.

Ela é baseada no capítulo 19, do Evangelho Segundo o Espiritismo e se baseia em dois itens dos comentários de Allan Kardec, as anotações de Allan Kardec:

1 - O poder da fé e a fé religiosa;

2 - E condição da fé inabalável.

Allan Kardec, ele fez esse capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo e ele se baseou no Evangelho de Mateus, Capítulo 17, Versículo 14 a 20. Então lá "diz" assim:

Quando Jesus veio ao encontro do povo, Um homem se aproximou e, lançando-se de joelhos, a seus pés, disse: Senhor, tenha piedade de meu filho, que é desequilibrado e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Eu o apresentei aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.

Bom, essa palavra, às vezes, uma frase dita, revela muitas coisas que aconteceram antes. Por exemplo: O homem, ele se apresentou e não disse que o filho dele sofria com perseguição de algum Espírito. Ele não disse que a família dele passava por alguma dificuldade pela situação do filho. Ele simplesmente jogou a culpa tudo em cima do filho. Falou: Não! Meu filho que é desequilibrado!

Na sequência, ele falou assim: Só que eu apresentei ele aos teus discípulos e eles não conseguiram curar ele não!... E aí apresentou para Jesus como quem fala assim: Será que você consegue?...

Jesus vendo aquilo e de imediato, já conhecendo também o histórico da família, porque geralmente quando um Espírito está perseguindo uma criança, é porque os perturbados são os adultos. São os pais.

Só que os pais, são mais enraizados na carne, mais firmes no egoísmo, sabe?... No orgulho, na vaidade, na ignorância, mais endurecidos!... Isso faz com que seja mais difícil daquele perseguidor espiritual atingir tais pessoas. Porque, se uma pessoa é má e vem outra pessoa má para perseguir, não vai conseguir!... Ambos são maus!...

Mas se o Espírito mau, quer perseguir alguém que é mau, como que ele vai fazer?... Porque maldade não vai resolver!... Então que ele faz?... Persegue os filhos que são mais sensíveis ainda, muitos ainda estão em desenvolvimento. Então para perseguir os adultos, muitos Espíritos perseguem os filhos.

Então Jesus entendeu, só pela palavra do homem, que o erro ali, não era daquela criança!... Era daquela família, daqueles adultos. Então ele respondeu, dizendo:

Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei com vocês? Até quando os suportarei? Tragam-me aqui esse menino!... E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou curado.

Então vejam só: Era um Espírito! A criança não tinha nenhuma doença! Não era desequilibrado que nem o pai taxou. Na verdade, desequilibrada era a família. O ambiente em que ele vivia que possibilitava que aquele Espírito mau perseguisse a criança.

E Jesus disse: Ó raça incrédula e depravada!... Porque eram pessoas sem fé!... Isso, essa passagem aconteceu, logo (quase) no início, quando Jesus começou a fazer a pregação. Porque nos últimos (dias), já no final, é evidente que a equipe de Jesus (em tese) estava preparada. Os Apóstolos estavam escolhidos, já preparados, encaminhados, para desempenhar a função que a eles estava destinada. Mas (quase) no início, ainda não tinha uma equipe.

E geralmente, as pessoas acham assim: Jesus reencarnou e aí veio programado já reencarnando junto, (apenas) os doze Apóstolos. Não foi bem assim!... Jesus reencarnou e reencarnou uma grande equipe de Espíritos, inclusive, em outros países também, que era para dar condições, sustentação, para que depois o Evangelho fosse divulgado.

Aqueles que reencarnaram mais próximos de Jesus e foi uma grande equipe, quando Jesus veio, não estava definido quais seriam os doze. Sabia-se quais Espíritos eram mais preparados. Acontece, que antes de reencarnar, é fácil dizer: Fulano está mais preparado!...

Eu até posso citar o exemplo de Allan Kardec!... Quando teve uma reunião no Plano Espiritual (Irmão X), para escolher quem iria desempenhar a missão de Allan Kardec, nem todos foram favoráveis a Allan Kardec.

Porque Allan Kardec era (é) um Espírito enérgico, mais taxativo, mais vigoroso. Mas Jesus falou: Não! Ele serve!... E de fato era!... Para definir a Doutrina, para separar o joio do trigo, porque as informações que chegaram a Allan Kardec era uma grande quantidade! Mensagens de tudo quanto é tipo!...

Ele que teve de ter o discernimento intelectual e moral para separar o joio do trigo e depois distribuir: Ah, isso é assunto mediúnico. Ah, isso é assunto de evangelho, um outro livro, que depois veio a ser o Evangelho Segundo o Espiritismo. Ah, esse assunto, um outro livro, para tratar sobre a vida após a morte ou então, posteriormente, veio o livro Céu e Inferno.

Mas naquele momento, para traçar aquele aspecto científico e filosófico, Kardec precisou separar as perguntas e quais que tinham de ser complementadas, em qual que tinha dúvida. Então precisava de um Espírito realmente daquele jeito!... Enérgico, com bom discernimento, com muito senso crítico, de razão.

Bom, na época de Jesus a mesma coisa!... Os Espíritos reencarnaram, mas quem será que estava preparado para ser escolhido como Apóstolo?... Porque, quando a gente fala assim: Ah, os 12 Apóstolos!... Mas quais são mesmos?...

Ah, foi Paulo... não!... Paulo foi depois! Ah, foi Pedro, João, ah... Mateus, Marcos... Marcos, não!... Marcos não foi Apóstolo! A gente simplesmente não lembra! Então mesmo dos doze, uns se destacaram, outros não!...

Bom, então essa passagem aqui, Muitos acham aqui assim, que Jesus brigou, falou bravo, em função dos Apóstolos, já que o homem disse: Ah, os teus Apóstolos não conseguiram curá-lo... Bom, aí vem a sequência:

Os Discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que nós não conseguimos expulsar esse demônio? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da sua falta de fé. Pois na verdade eu digo a vocês: se tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, diriam a esta montanha ‘transporta-te daí para ali’ e ela se transportaria e nada seria impossível para vocês.

É a sequência. Então, vejam só: Se Jesus tivesse sido enérgico com os Apóstolos, então como que logo na sequência, os Apóstolos foram lá conversar com Ele, Tranquilos: Mestre, e aí?... Por que nós não conseguimos?...

Então é muito evidente que Jesus foi taxativo e imperioso, não com os Apóstolos, mas com aquela multidão que estava lá e que não estava acreditando!... Porque tem passagem que diz assim: Teve uma vez que Jesus passou em Cafarnaum e lá está escrito: E fez ali poucos milagres, porque não acreditaram nele!...Então depende também da Fé das pessoas!... Até para Jesus, dependia da fé das pessoas em acreditarem, que é o que Jesus realmente estava falando aqui: Se os Apóstolos tivessem fé verdadeira, até uma montanha eles poderiam transportar.

Bom, no livro, lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sequência, teve o comentário de Allan Kardec. É um comentário pequeno. Ele tem mais ou menos uns quatro ou cinco parágrafos. Dá meia página. E o interessante, se a gente for analisar item por item dessa passagem, do comentário de Allan Kardec, a gente percebe que ele fez uma distinção de quatro tipos de fé:

1 - Fé no Destino.

2 - Fé em si mesmo.

3 - Fé em Deus.

4 - E Fé na ciência.

Esse é (o tema) que nós vamos meditar hoje e vamos analisar. Então Fé no Destino. Esse é o comentário de Allan Kardec:

As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, enfim, com que se depara da parte dos homens mesmo quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.

Então por que Fé no Destino?... O destino está traçado?... Não!... A Doutrina Espírita nos ensina que não existe fatalidade definida, porque se existisse, tipo assim, tudo no nosso destino já estar escrito, se tivesse essa definição, então qual a nossa responsabilidade pelos nossos erros?... Já estava escrito!... Ou então, qual o nosso mérito pelos nossos acertos, se já tivesse tudo escrito?...

Então não é assim. O destino não está traçado, porque o destino depende das nossas escolhas! É o nosso Livre-Arbítrio. Nós escolhemos. É o nosso Livre-Arbítrio. Se nós fazemos boas escolhas, então temos mérito por isso. Se nós fazemos más escolhas, então sofreremos as consequências e somos responsáveis por isso. Não estava escrito não. Nós escolhemos!...

Agora, o que está definido como fatalidade?... É por exemplo, vai casar com quem, quem vai vir como filho, se vai nascer para passar pela provação da riqueza, então vai ser encaminhado para que receba bastante dinheiro, bastante riqueza!...

E (alguém) fala: Mas então porque eu..., mas se é assim, então por que eu não escolhi essa provação?... Então por que eu estou sofrendo a pobreza aqui?...

Porque, a riqueza..., qual o objetivo da reencarnação?... É melhorar, é evoluir!... O difícil não é desencarnar. Não é a morte que é difícil. O difícil é o nascimento!... Porque exige muita preparação antes, exige muito sofrimento no início, que é (são) os nove meses, depois ainda existe mais uma fase de sete anos, de suscetibilidades, de doenças materiais, de possibilidades de perseguições espirituais, que nem a gente viu na passagem onde o filho estava sendo perseguido por um mau Espírito. Depois disso ainda vem a fase escolar. Até a pessoa estar apta a começar a sua jornada, vai um longo tempo!...

Então é muito sacrifício isso. Então vejam só: Por que o Espírito iria recorrer, escolher a riqueza, se a riqueza, de repente, só tem facilidade?... Se a riqueza é uma provação muito grande?...

Por isso que Jesus disse assim: É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Aí os Apóstolos falaram assim: Puxa Jesus, mas então ninguém vai se salvar!... Aí Jesus falou: Não, o que é impossível para os Homens, para Deus e possível!... Para Deus, tudo é possível!... E tem a ver com o que a gente está estudando hoje, que é a questão da Fé!...

Bom, então o destino, não é o nosso acontecimento na nossa vida. O destino é o universo conspirando a nosso favor! Se nós reencarnamos, foi para ter um bom objetivo, para ter um bom resultado.

Então a vida conspira a nosso favor! Deus conspira a nosso favor, para que as coisas deem certo! Quando são erradas, podem examinar: foi por escolha da pessoa. Às vezes, por teimosia, por impaciência, por intolerância, às vezes, por vaidade, às vezes, por orgulho, às vezes, por ambição desmedida. Sempre foi escolha da pessoa, mas a vida em si, conspirou para que aquela pessoa tivesse êxito.

Até na doença, isso acontece. Porque, muitas vezes, o doente está lá, o médico fala: Não, esse já não tem mais salvação. Esse vai morrer! Só que fica lá e, de repente, a vida vai conspirando a favor daquela pessoa, vai encaminhando, vai ajeitado, os órgãos vão se restabelecendo, porque ainda não é o momento do desencarne!... E, de repente, a pessoa se recupera e fica curada! E falam assim: Foi um milagre!... Foi um milagre da vida!...

Bom, esse é o primeiro tipo de Fé. A gente tem que ter essa confiança na vida, que as coisas vão dar certo, desde que a gente tenha também prudência e fazer as escolhas certas.

Na sequência, Allan Kardec continuou: Noutro significado, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite que se veja em pensamento a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui, por assim dizer, caminha com absoluta segurança. Tanto num como noutro caso, ela pode dar lugar a que se executem grandes coisas.

Grandes coisas! Então a Fé é isso mesmo! Se a vida conspira a nosso favor, então nós temos que acreditar!... Para andar, o que precisa?... O primeiro passo! Mas o primeiro passo, ele inicia por si mesmo?... Não!... Nós é que temos de dar o primeiro passo! Nós é que temos de acreditar!...

Se a gente tem um sonho e a gente pensa assim: Não!... Isso é impossível! E deixa de lado. Só que, de repente, ali do lado, tem uma outra pessoa, que tem o mesmo sonho e ela acredita!... E ela vai em busca e ela luta por aquilo. E o universo, a vida conspira a favor e a pessoa tem êxito!

E aí as pessoas falam: Nossa, como teve sorte!... Como assim sorte?... Teve dedicação, teve empenho. Ela acreditou nela mesma! Ela trabalhou, ela buscou, ela caiu, mas se levantou!... Porque uma palavra que está muito em moda agora, é resiliência!... O que é resiliência?... É por exemplo, uma bexiga redonda, a gente aperta, ela encolhe, mas a hora que a gente solta ela volta ao normal. Isso é resiliência! Resiliência é a gente sofrer alguma situação, mas não ficar presa ao sofrimento!... A gente, a hora que passa aquilo, a gente se recompõe, se levanta, joga o pó para trás, esquece isso e segue em frente! Isso é ter Fé em si mesmo.

Fé em Deus. Esse é o terceiro tipo: Devemos não confundir a fé com a arrogância. A verdadeira fé se combina com a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, sendo simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos insucessos que lhe são infligidos.

Então, nós temos que ter Fé em nós mesmos, mas também temos que ter Fé em Deus. Por isso que Jesus disse: Bate e abrir-se-vos-á. Então nós temos que ter a nossa fé, fazer a nossa fé. Bater, aí que vai abrir a porta.

Mas também depende do que nós queremos!... O que nós queremos é em prol de quem? É a bem de quem? É a bem da vida? É a bem da natureza? É a bem das pessoas?... Não! É só bem a mim mesmo! É que eu quero ser rico. Ah!... Os Espíritos não vão ajudar! Vão ajudar a outro que está mais necessitado. Deus não vai dar essa ajuda aqui. Então, a Fé em Deus é fundamental.

E Fé na Ciência: O poder da Fé se demonstra de modo direto e especial na ação magnética, por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, que é o agente universal, modifica as suas qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que junta grande poder fluídico normal com uma ardente fé, pode só pela força da sua vontade, dirigida para o bem, operar esses fenômenos especiais de cura e outros, que antigamente eram chamados de milagres, mas que não passam de efeito de uma lei natural.

Eis o motivo por que Jesus disse a Seus apóstolos: “se não o curaram, foi porque não tinham fé”. Então, por que é Fé na natureza? Não é bem Fé na natureza! Eu que cataloguei assim. Mas é Fé em como Deus construiu as coisas.

Desde o princípio, tudo era energia; tudo é energia! Então o remédio que cura é energia!... São átomos combinados, moléculas combinadas, em determinada velocidade, em determinado peso, que formam o remédio. Mas aquelas mesmas moléculas, em outra combinação, formam o veneno!... Como pode ser isso?!... Num momento é veneno, no outro é remédio.

Então depende da energia, o nosso pensamento plasma essa energia. O nosso pensamento vira o instrumento da Fé. Foi o que disse Jesus aos discípulos: Se tivesse Fé, teria curado, (expulsado) aquele Espírito. Teria tido a autoridade moral para expulsar aquele Espírito ou como disse Jesus: Se tivesse Fé, conseguiria fazer coisas infinitas, até transportar montanhas.

Então, a nossa Fé, o nosso poder de pensamento, pode fluidificar a água, por exemplo, é o que exercemos no Passe mediúnico e os Espíritos também ajudam nesse sentido.

Se vê que o nosso pensamento, o nosso pensamento de Fé, de oração a Deus, de Fé em Deus, melhora a nossa energia, abre porta para que os bons Espíritos também nos auxiliem, nos ajudem. Então isso é um tipo de Fé, na Ciência, porque tem a ver com a parte física.

Outras classificações da Fé, conforme reflexões de Kardec:

1 - Fé cega e religiosa;

2 - Fé racional e Fé inabalável.

A Fé religiosa: Devemos concordar que, a resistência do descrente muitas vezes provém menos dele do que da maneira como as coisas se apresentam a ele. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E para crer não basta ver; é preciso especialmente compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que o dogma da fé cega é principalmente o que produz hoje o maior número dos ateus, porque ela pretende se impor, exigindo a renúncia de um dos mais preciosos direitos do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.

Então nós não acreditamos em fé cega. Nós acreditamos porque tem lógica. Nós acreditamos porque o universo não existe por fruto do acaso. A vida é impossível que tenha sido fruto do acaso. Porque os cientistas dizem assim: Ah, o universo se originou do Big Bang, uma explosão inicial.

Mas o que tinha antes da explosão?... E quem iniciou a explosão?... E quem fez os elementos da explosão?... Porque se não tinha nada, não tinha nada para explodir! E como que explodiu?... Então tinha que ter alguma coisa. Se tinha alguma coisa, quem fez?...

É por isso que Albert Einstein, ele dizia assim: Se Deus não existisse, a gente teria de inventá-lo. Porque é a explicação, é o início de tudo. E se a gente analisa o universo, é muito perfeito, muito organizado, muito responsável, não pode ser fruto do acaso.

Então nós acreditamos em Deus, pela perfeição do universo. Mas como é que Deus iria fazer o homem, para sofrer, passar pelas circunstâncias da vida e morrer e acabar tudo!... Isso é uma contradição com Deus!... Mas se nós acreditamos em reencarnação, acreditamos na vida após a morte, então tudo se explica. E até se explica a diversidade, das dificuldades, do sofrimento das pessoas. Cada um tem uma jornada, uma provação, uma expiação. Então um está sofrendo, de repente, o que o outro já sofreu, há muitas reencarnações passadas. Então aí ele compreende aquele sofrimento e respeita. Isso é tolerância, porque ele sabe das dificuldades daquilo. E se ele ainda não sofreu, de repente, vai sofrer no futuro. E se vai sofrer no futuro, como que vai desprezar o sofrimento do próximo agora, se ele também vai passar por aquela situação?...

O fato é que tudo isso, nos leva a Fé em Deus. Não essa fé religiosa, essa fé cega, mas uma fé inabalável.

Fé inabalável! Nós temos certeza da vida após a morte. Nós temos certeza de que não estamos aqui pela primeira vez. Muitas reencarnações tivemos. Muitas reencarnações ainda teremos. Muito temos que aprender, até sermos, verdadeiros homens de bem.

Então essa é a sequência do raciocínio de Allan Kardec: Já a fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade. A criatura então crê pois tem certeza e tem certeza exatamente porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão de frente, em todas as épocas da Humanidade. O Espiritismo conduz a esse resultado, pelo que triunfa da descrença, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Então vejam só, por isso que antigamente, porque essa questão da crença na reencarnação, no início, os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação. E aquilo era divulgado abertamente. Mas com o passar do tempo, após Constantino, lá no Concílio de Niceia, é que instituiu a Igreja e aí tornou a religião como oficial de Roma. A religião Católica, oficial de Roma.

Posteriormente, teve outro imperador, que também era cristão, pois seguiu a sequência dos imperadores católicos. E esse imperador, a esposa dele tinha sido prostituta, antes de casar com ele. Então ela não admitia a reencarnação, porque quanto ela se tornou imperatriz e mandava, tinha muito poder, ela não queria (saber). Se a pessoa iria ter reencarnação, de repente, ela teria de voltar a ser escrava de novo e passar por aquela vida:

Não!... Reencarnação está muito errado!... O melhor é o que eu estou agora! Eu quero que seja o que eu estou agora!... Eu quero ir para o céu do jeito que estou agora!... Não quero saber desse negócio de sofrimento!...

Por isso que a riqueza é uma provação difícil!... Quando a gente vai escolher, fala: Bom, é melhor se garantir na pobreza do que querer ser rico e contrair mais dívida ainda, na riqueza. E aí fala para Deus: Deus me dê o necessário! É o que pede a Deus: O necessário.

Bom, essa mulher, convenceu o marido dela a mudar a lei da igreja, que era para excluir a reencarnação. Não era mais para acreditar em reencarnação. Isso lá pelo ano 400, por aí...

E aí, de lá para cá, se aboliu essa história de reencarnação. Mas a verdade é que a reencarnação sempre existiu. Por isso que diz aqui: Oposição sistemática e interessada.

Às vezes, a Doutrina Espírita, não é combatida (abertamente). Por exemplo, muitos padres, conhecem a Doutrina Espírita, estudam lá nos seminários, eles leem os livros de Allan Kardec e é impossível ler o Livro dos Espíritos, por exemplo, e não entender a lógica do que está ali.

Mas ser padre vira mais do que devoção, mais do que fé, vira profissão. Então eles acreditam, mas sabem que não podem acreditar, eles não podem falar aquilo. E aí onde vem a oposição sistemática e interessada.

E a reflexão final: Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.

E foi justamente o tema do nosso estudo de hoje: O Homem de Bem. (Estudo do ESDE).

Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

Quem disse isso foi o (Apóstolo) Tiago na Epístola dele, capítulo 2, versículos 14 a 18.

Então tenhamos fé em Deus, em Jesus e nos Bons Espíritos.

Obrigado.

FIM

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

MEDIUNIDADE E MAGNESTISMO

 

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 04/12/2022, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=XbODXgg5YTI

 

Bom dia, boa tarde ou boa noite.

Hoje nós prosseguiremos com a gravação do vídeo sobre a evolução dos Sentidos. Do desenvolvimento dos Sentidos.

E vamos retomar o estudo de algumas questões do Livro dos Espíritos, sobre o Atributo: Inteligência.

A pergunta 24 diz o seguinte: Espírito é sinônimo de Inteligência?

E a resposta: A Inteligência é uma qualidade essencial do espírito e uma e outro se confundem num princípio comum de maneira que, para vocês, são a mesma coisa.

Mas, entretanto, é bem esclarecido: A Inteligência é uma qualidade. Não é, propriamente, o Ser vivente, o Espírito, conforme eu bem expliquei, na gravação anterior. Eu tenho insistentemente batido nessa tecla, de que a Inteligência se desenvolve, ela é um atributo do Espírito.

Entretanto, quando Allan Kardec começou a fazer as perguntas, ele ainda não tinha a Doutrina composta, completa. E tinha de partir do estabelecimento de regras, para se definir essa Doutrina. Então ainda não estava estabelecido que Inteligência é um Atributo do Espírito e não propriamente o Espírito.

Por isso que na pergunta 72, ele perguntou: Qual a fonte da Inteligência?

E os Espíritos responderam: Já o dissemos, a Inteligência universal.

E ele fez a pergunta 72 a): Poderíamos dizer que cada Ser tira uma porção de inteligência, da fonte universal e assimila, como tira e assimila o princípio da vida material?

A resposta: Isso não passa de simples comparação, todavia, inexata, porque a inteligência é uma faculdade própria de cada Ser e constitui a sua individualidade moral. Demais, como sabem, há coisas que não é permitido ao Homem penetrar, e esta, por enquanto, é uma delas.

Portanto, é uma faculdade própria de cada Ser, conforme eu tenho dito: Um atributo do Espírito que ele precisa desenvolver. E aqui na parte final “fala” que não é permitido ao Homem penetrar, "por enquanto".

Acontece que o Livro dos Espíritos, ele foi composto, há quase 200 anos, em torno de 170 anos atrás. E naquela época, sequer era aceito, pelo lado material, que os nos nossos corpos evoluíram, numa sequência, conforme Darwin bem explicou.

Nós evoluímos e não evoluímos do macaco, conforme se entendia no início. Hoje sabemos que nós descendemos de uma mesma espécie, que antecedeu aos macacos, então eles são, pela parte material, nossos primos.

Nós evoluímos de uma outra espécie que não existe mais. E numa outra parte do Livro dos Espíritos, explica que o "Elo Perdido" que não se encontra aqui, a ciência da Terra não consegue encontrar esse Elo Perdido, o Livro dos Espíritos explica que não vai encontrar, porque não aconteceu no Planeta Terra. (607 b). Não vai encontrar o Elo Perdido, que sai desse antecedente que era primo dos macacos, até chegar na espécie humana. Não aconteceu neste Planeta.

Bom, O fato é que, naquela época, não era permitido sequer falar sobre isso, sobre a questão da Evolução. Hoje já falamos!

Assim como, naquela época, no início de tudo, ainda não se era adequado distinguir a inteligência como um atributo do Espírito. Só posteriormente é que isso foi possível. E hoje em dia, por estudo de toda a Doutrina, é que eu posso entender isso.

Tanto é assim, que nós vemos na questão 189, a pergunta:  Desde o início de sua formação, O Espírito, ou seja, Ser individual, desfruta da plenitude de suas capacidades?

Capacidades! A Inteligência é uma capacidade, é um atributo.

Resposta: Não, pois que também há infância para o Espírito, como é para o Homem. Em sua origem, a vida do Espírito, é apenas por Instinto. Ele mal tem Consciência de si mesmo e de seus atos. A sua Inteligência só se desenvolve pouco a pouco.

Muito objetivo!... Muito específico!... Muito claro, isso!... O nosso Espírito se desenvolve pouco a pouco. Ele se desenvolve pouco a pouco. (Mas) a inteligência se desenvolve (também) pouco a pouco, aprende, evolui.

E a diferença maior entre o Espírito de um Animal e do Homem, é que o Espírito do Homem, tem Consciência. Alguns Animais têm Espíritos que já têm Individualidade, mas ele age apenas por Instinto. E ele tem uma Inteligência, que ele está desenvolvendo pouco a pouco, (mas) limitada. Já o Espírito que anima o Homem, não! Ele tem individualidade, ele já tem uma relativa Inteligência e ele tem Consciência de si mesmo e de seus atos. Isso que nos diferencia dos Animais.

Já na Questão 364, a pergunta: O mesmo Espírito dá ao Homem as qualidades morais e as da Inteligência?

Porque, vejam só, lá no início nos vimos: A Inteligência é espírito, mas não Espírito Individual. A inteligência é uma mostra de "espírito", mas não individual. Então haveria em nós, dois Espíritos? Um que dá a vida, outro que dá as qualidades morais e a inteligência?

E aí, a resposta (A negar isso, ver início da pergunta): Certamente e isso em virtude do grau de adiantamento a que se haja elevado. O Homem não tem em si dois Espíritos.

Então, o mesmo Espírito é que dá ao Homem, as qualidades morais e da Inteligência. E aqui cabe uma explicação muito importante. Porque este estudo, tem por objetivo, neste momento, chegar até a evolução do lado material. A evolução dos Sentidos.

Todavia, os aspectos morais e a própria Inteligência, isso é evolução do Espírito!... Então essa é a principal diferença entre os atributos, a capacidade e os Sentidos!... Os Sentidos é (são) o espelho do lado material. Já os Atributos, as faculdades, são a riqueza espiritual, que cada Espírito conseguiu na sua jornada evolutiva, de reencarnação em reencarnação, aprendendo, tendo vitórias, tendo fracassos, tendo decepções, nas atribulações, no aprendizado, assim o Espírito evolui.

E ele... Quando o Espírito reencarna, ele já traz as suas qualidades morais e ele já traz a sua Inteligência. Isso é o Espírito que tem, não o corpo! O Espírito é que tem a Inteligência desenvolvida. O Espírito é que tem as qualidades morais desenvolvidas.

O corpo, o que o corpo pode fazer, é desenvolver os Sentidos!... Por que, de que adianta o Espírito ter a Inteligência, se o corpo, o sentido do corpo, é como um vidro escuro que impede enxergar a luz?... Então precisa evoluir também os Sentidos do Corpo.

Tanto é assim, que lá na questão 379, teve a pergunta: É tão desenvolvido, quanto o de um adulto, o Espírito que anima o Corpo de uma criança?

A resposta: Pode até ser mais, se mais progrediu. Apenas a imperfeição dos órgãos infantis o impedem de se manifestar. Ele age conforme o instrumento de que dispõe.

Então o Espírito pode ter a Inteligência já desenvolvida, pode ter qualidades morais já desenvolvidas, mas por ainda estar na fase de criança, na infância, ele não consegue se manifestar, ter esse domínio.

Tanto é, que na questão seguinte, a 380, teve a pergunta: Tirando o obstáculo, que as imperfeições dos órgãos impõem à sua livre manifestação, o Espírito, numa criancinha, pensa como criança ou como adulto?...

E aí, veio a Resposta: Quando é criança, "é natural que os órgãos da Inteligência..."

E vejam só, entendam bem: Órgãos da inteligência do lado material!... É o tal vidro escuro de que falei. A Inteligência já existe no Espírito, foi desenvolvida até por milhões de anos! Não é (são) nem milhares de anos!... Ou seja, para se chegar ao grau de evolução espiritual para ter individualidade. E mais alguns milhões de anos, para ter Consciência. É muito tempo, reencarnando e aprendendo. Nós somos Espíritos com uma longa idade, um longo tempo de existência. E olha que, até chegar a Deus, falta muito, muito e muito ainda!...

Bom, o fato é que os órgãos da inteligência aqui se referem ao Corpo. E (continuando) diz assim: É natural que os órgãos da Inteligência, não estando desenvolvidos, não possam lhe dar toda a intuição de um adulto; ele tem, de fato, a inteligência, bastante limitada, enquanto a idade faz amadurecer sua razão. A perturbação que acompanha a encarnação não cessa subitamente no momento do nascimento; ela somente se dissipa gradualmente, com o desenvolvimento dos órgãos.

Essa que é a questão! Então nós nos desenvolvemos fisicamente, nossos órgãos, os nossos Sentidos e desenvolvemos também as nossas faculdades os nossos Atributos em Espírito. As virtudes, por exemplo, nós desenvolvemos e elas ficam conosco após a morte do Corpo físico.

Entretanto, quando reencarnamos, dependemos do desenvolvimento dos órgãos. E nisso tem outra questão importante: Se o Espírito é evoluído, já tem alguma inteligência, já tem alguma evolução de reencarnações passadas, ele consegue também direcionar o desenvolvimento dos órgãos. Ou seja, o Corpo físico, ele reflete o Espírito!

Pelo lado material, sabemos que o Corpo físico, é composto dos Gens que herdamos do pai e da mãe. Todavia, o Espírito, ao reencarnar, ele também afeta esses órgãos e assim ele consegue se desenvolver mais os Sentidos físicos e os órgãos. Ele consegue se desenvolver mais, como quem limpa esse vidro escuro, para enxergar um pouco melhor.

É por isso que na questão 462, teve a pergunta: É sempre de dentro de si mesmos que os homens inteligentes e os talentosos tiram suas ideias?...

Resposta: Algumas vezes, elas lhes vêm do seu próprio Espírito, porém, de tantas outras, lhes são sugeridas por Espíritos que os julgam capazes de compreendê-las e dignos de espalhá-las. Quando tais homens não as acham em si mesmos, apelam para a inspiração. Assim, sem suspeitarem, fazem uma verdadeira evocação.

É o que eu tenho dito!... Os Espíritos estão por toda parte, ao nosso redor. Eles estão a nos inspirar o tempo todo. Fazem isso, a medida em que os nossos Sentidos estão mais depurados, mais limpos, mais desenvolvidos, para permitir captar, receber, entender essa inspiração, essa influência dos Espíritos.

E nesse ponto, chegamos ao desenvolvimento de um outro Sentido, que existe, já amplamente em todas as pessoas, por toda a parte do mundo, mas que tal qual o Instinto, tal qual a Intuição, tal qual a Premonição, não é catalogado nos compêndios de ciência, porque ainda não foi aprofundado o seu estudo. E esse Sentido é a MEDIUNIDADE!...

A Mediunidade é a capacidade, a sensibilidade do Espírito em sentir, o Espírito encarnado, sentir os Espíritos desencarnados e deles receberem conselhos, receberem ajuda. E essa Mediunidade, ela não é uma virtude específica, que podemos catalogar à parte, porque ela se manifesta em todos os outros Sentidos.

A mediunidade, por exemplo, num Espírito que teve desenvolvido o seu Sentido da Visão, pode chegar até a um tal ponto, de permitir que o Médium: Aquela pessoa que tem esse tipo de Sentido desenvolvido, enxergar os Espíritos!...

Ou, em outro, a Audição!... Chegar, através da Mediunidade, a escutar os Espíritos. Ou em outros, até mesmo o desenvolvimento da Intuição. Porque a Intuição é como um radar, ela capta tudo o que acontece ao seu redor e a Intuição permite também, captar a inspiração, inspiração dos Espíritos!...

Bom, mas se eu colocar a Mediunidade como um Sentido, não específico, mas a ser desenvolvido, mesmo assim, precisaria de uma faculdade, um atributo. E esse atributo, seria a capacitação, a capacidade do Espírito, em absorver, em manipular o Magnetismo! Esse é o ponto principal da Mediunidade!... Manipular o Magnetismo!...

O magnetismo existe, ele é presente em nossa existência, muitos são os magnetizadores na face da Terra. Os mágicos, por exemplo; os adivinhos, usam também, um pouco do Magnetismo; os curadores, quem faz cura, a faz, através do Magnetismo.

Allan Kardec não foi escolhido para ser o Codificador da Doutrina Espírita, sem nenhum motivo específico e ao acaso!... Antes que Allan Kardec se interessasse por este assunto, ele pertencia a uma sociedade, em Paris, que estudava o Magnetismo!

Então ele tinha um prévio conhecimento, sobre a questão magnética. Mas esse conhecimento era apenas dos aspectos materiais. Por exemplo, através do Magnetismo, fazer uma pessoa deixar de sentir dor!... Através do Magnetismo, fazer uma pessoa enxergar mesmo estando de olhos fechados, o que leva (também) ao Hipnotismo, mas já é (seria) um outro caminho.

Bom, as primeiras pessoas que tiveram contato com os Espíritos, fizeram perguntas e foram anotando em cadernos. E os Espíritos deram as respostas que foram anotadas em cadernos. E chegou-se ao ponto de terem mais de 50 cadernos, com as anotações de perguntas e respostas. Todavia, não catalogadas!... Não com uma sequência lógica.

E as pessoas perceberam que ali havia uma Doutrina, uma Filosofia. E entregaram esses 50 cadernos, para um Editor. Para ver se conseguia transformar aquilo em um livro. E o Editor leu aquilo, mas como ele iria compor um livro numa situação tão diferenciada, porque uma pergunta era muito simples, mas outra era mais complexa, mais aprofundada. E aí ele lembrou-se do Professor Rivail, o Allan Kardec! E entregou a ele esses cadernos, E nesse ponto iniciou o Livro dos Espíritos.

É por isso que na Introdução do Livro dos Espíritos, Allan Kardec fala sobre o Magnetismo, porque ela já tinha conhecimento disto.

E na introdução, no item 16, ele conjecturando as possibilidades que permitiam a comunicação espírita, ele falando sobre as teorias que poderiam ter, ele “falou”: Segundo a primeira dessas teorias, todas as manifestações atribuídas aos Espíritos, não seriam mais do que efeitos magnéticos, os médiuns se achariam num estado a que se podia chamar de sonambulismo desperto, fenômeno de que podem dar testemunho todos os que têm estudado o Magnetismo.

Então vejam, que desde o princípio, já está estabelecido, lá na introdução do Livro dos Espíritos, já está estabelecido o Magnetismo.

Na pergunta 27-a), do Livro dos Espíritos, Allan Kardec perguntou: Esse fluido será o que chamamos de eletricidade?

E a resposta: Dissemos que ele é capaz de inúmeras combinações. O que chamam fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente.

Então o Magnetismo, ele é tirado desse fluido universal, através de inúmeras combinações. Desse fluido universal, por exemplo, vem o fluido vital, que dá a vitalidade para os nossos corpos.

Através dessa vitalidade dos nossos corpos, é que nós temos acesso a fazer a manipulação desse fluido magnético. E assim até a chegar a fazer curas, manifestações, mágicas, mas também permitir a comunicação com a dimensão espiritual.

Isso fica bem explícito na questão 65: O princípio vital reside em algum dos corpos que conhecemos?

Então por "corpos" aqui, não é corpo humano, é hidrogênio... São os elementos da natureza.

A resposta: Ele tem por fonte o fluido universal. É o que chamam de fluido magnético, ou fluido elétrico animalizado. É o intermediário, o elo existente entre o Espírito e a Matéria.

Então bem específico isso, de que o fluido vital existe, que dá a vida para o nosso corpo e até vemos isso na questão seguinte (66): O princípio vital é um só para todos os seres orgânicos?

Sim, modificado segundo as espécies. É ele que lhe dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte, pois o movimento da matéria não é a vida. Esse movimento ela o recebe, não o dá.

Tanto assim, que tem outras perguntas do Livro dos Espíritos, onde fica bem claro, que a presença do fluido vital é que dá a vida, inclusive, para as plantas.

Na questão 67, nós também vemos isso, onde "diz" aqui, A resposta: Ela só se desenvolve com o Corpo.

Ou seja, o agente vital, a vitalidade, só se desenvolve com o corpo, então ela pode ser desenvolvida! O Espírito encarnado, ele pode conseguir subtrair, desse fluido universal, mais vitalidade. E até transmitir isso para as pessoas, ou utilizar em manifestações mediúnicas.

Tanto é assim, que na questão 424, Kardec Perguntou: Por meio de cuidados dispensados a tempo, os laços prestes a se desfazerem podem se reatar e restituir à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?

Resposta: Sem dúvidas e vocês têm a prova disso todos os dias. Em tais casos, o Magnetismo muitas vezes é um poderoso meio de ação, porque restitui ao Corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.

Para se ver o quanto a ciência, inclusive, a medicina, ainda precisa evoluir para compreender isso e aplicar isso na prática, no nosso dia a dia.

Já na questão 427, nós vemos esse mesmo princípio de entendimento de que eu venho falando: Qual a natureza do agente que se chama fluido magnético?

(Resposta): Fluido vital, eletricidade animalizada, que são as modificações do fluido universal.

E neste ponto, chegamos finalmente, ao objetivo desses vídeos: Que é a Influência dos Espíritos. Então nós vemos na questão 481: Os Espíritos desempenham algum papel nos fenômenos que se dão com os indivíduos chamados convulsionários?

E aí a resposta: Sim e muito importante, bem como, o Magnetismo, que é a causa originária de tais fenômenos. Porém, muitas vezes, o charlatanismo os tem explorado e exagerado, de sorte a lançá-los ao ridículo.

E a pergunta 481-a): De que natureza, são em geral os Espíritos que promovem a produção desta espécie de fenômenos?

(Resposta): De natureza pouco elevada. Vocês acham que Espíritos superiores se agradam com tais coisas?

E na questão 552: Que se deve pensar da crença que certas pessoas teriam de poder enfeitiçar?

Resposta: Algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se seus próprios Espíritos forem maus, nestes casos, podem ser ajudados, por outros Espíritos maus. Porém, não acreditem num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza. Os fatos que citam como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo, mal compreendidos.

Como eu tenho dito, questão do Magnetismo, que pode ser desenvolvido.

Por fim, na questão 556: Algumas pessoas, tem verdadeiramente o poder de curar pelo simples contato?

A resposta: A força magnética pode chegar até a esse ponto, quando aliada a pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe auxiliam. Porém, é preciso desconfiar da maneira pela qual as pessoas muito crédulas e muito entusiastas contam as coisas, sempre dispostas a considerar como sendo maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram a fé alheia em seu proveito.

Então, a Mediunidade existe. Ela existe através da manipulação do Magnetismo. Esse Magnetismo não depende de religião. Não depende de ser espírita ou de outra religião de cunho espiritualista. Todas as pessoas têm essa Mediunidade.

Portanto, os Espíritos estão por toda parte, eles nos influenciam o tempo todo, através do nosso Magnetismo, através da Mediunidade. Uns nos influenciam para o mau, outros nos influenciam para o bem e isso depende da nossa disposição, da nossa sinceridade em fazer o bem.

Com isso, terminamos essa série de gravações, sobre a Influência dos Espíritos.

Fiquem todos com Deus, fiquem em paz.

FIM

NOVOS SENTIDOS E ATRIBUTOS

 

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 27/11/2022, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=648L5mjqHkU

 

Bom dia, boa tarde ou boa noite.

Este vídeo é uma continuação dos que foram gravados no final do ano passado sobre: A Influência dos Espíritos.

Para ver os vídeos passados no Youtube, pode ser feita a pesquisa, pelo meu nome: José Nunes Pereira Sobrinho, ou pelo meu login no Youtube: que é: MrJnps (sem arroba).

No final do ano passado, foram gravados 5 vídeos, sobre esse tema: Influência dos Espíritos.

O primeiro foi: A Prática do Bem e a Nossa Influência, apenas no aspecto material, porque nós também somos Espíritos.

Posteriormente: A Influência Oculta dos Espíritos.

Em seguida: A Influência Oculta dos Espíritos, mas a parte relativa aos Espíritos Bons.

Depois: Influência dos Espíritos nos nossos sonhos, ou seja, quando dormimos.

Em seguida: Influência dos Espíritos e os Sentidos Humanos, porque um dos caminhos que o Espírito faz a influência, é através da Intuição, que ainda não é um sentido humano, estudado, reconhecido pela Ciência, já que são reconhecidos cinco.

Todavia, têm outros Sentidos e a Intuição existe. Todas as pessoas sabem que a Intuição existe. E ela é um caminho usado pelos Espíritos para nos influenciar, tanto para o bem, quanto para coisas ruins.

Hoje nós daremos prosseguimento porque todos esses vídeos anteriores, eles tinham algo em comum, que era a Influência de Espírito desencarnado para Espírito encarnado. Então era de Espírito para Espírito. Ainda não chegou ao ponto de abordarmos o aspecto material. Porque nós não somos apenas Espíritos, nós somos matéria e Espírito.

Entretanto, o lado material, também propicia a manifestação dos Espíritos. E isso que nós veremos a partir de hoje.

Conforme explicado nos vídeos anteriores, este estudo se baseia exclusivamente no Livro dos Espíritos, o qual é composto por perguntas e respostas. Allan Kardec fazia as perguntas e os Espíritos respondiam. Posteriormente, Allan Kardec organizou essas perguntas e essas respostas, dando uma sequência lógica. Por isso que ele é chamado de Codificador do Espiritismo. Ele deu códigos, deu uma organização.

E a primeira pergunta do Livros do Espíritos era (foi) relativo a Deus!... Foi a primeira pergunta que ele se interessou em fazer. O que é Deus?...

O fato é que hoje nós veremos a pergunta número 10. Atributos da Divindade. Então aqui, pergunta 10: O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?

Resposta dos Espíritos: Não; para isso lhe falta o sentido.

Então veja bem, além dos cinco Sentidos que nos conhecemos, que é: o Tato, Olfato, Audição, Visão e Paladar, nós sabemos que tem um sexto, não catalogado, nessa sequência que é: o Instinto. Ninguém vai negar que existe o Instinto.

E também existe um sétimo, que também é amplamente conhecido, que é a Intuição, principalmente em mulheres; homens também têm, mas principalmente mulheres têm mais Intuição.

E existe ainda um 8º, não catalogado, porque não tem uma sequência lógica, ou estabelecida qual vem primeiro, que é a Premonição. A gente sabe que têm pessoas que conseguem "sentir" o que vai acontecer.

E isso por desenvolvimento. Esse é o tópico desse vídeo de hoje. Mostrar que os Sentidos evoluem. Não é dádiva de Deus, Porque aí Deus estaria favorecendo uma determinada pessoa, um determinado Espírito. Não é isso! Deus cria os Espíritos todos, iguais! Os Espíritos é que evoluem. Os Espíritos é que se melhoraram. Adquirem esses Sentidos.

E nesse vídeo de hoje, nós veremos também, que existem situações que não são sentidos, nesse caso, de a ser desenvolvido, mas são atributos. Por exemplo, a Inteligência.

A Inteligência não é um Sentido. E a inteligência também não é simplesmente dádiva de Deus. Deus dar uma inteligência maior para um Espírito e para outro dar uma inteligência menor. Não existe isso! Deus trata a todos os seus filhos com igualdade e justiça.

Então cada Espírito, no transcorrer de sua jornada evolutiva como Espírito, ele desenvolve a Inteligência. E esse desenvolvimento, é de reencarnação em reencarnação, de vida em vida.

Mas têm Sentidos que sequer nós conhecemos, que não temos ainda uma palavra para definição!...

Além da Inteligência ser um Atributo, também tem outros itens, vamos dizer assim, itens agregados, que podem ser desenvolvidos e são desenvolvidos, que são as Virtudes.

Então, o Amor, por exemplo, Deus não dá, simplesmente, um Amor Maior para um Espírito. O Espírito é que desenvolve isso. A Paciência!... Deus não dá simplesmente, a Paciência para um Espírito. Deus dá as condições para que ele aprenda a desenvolver a Paciência. A Tolerância!... A Bondade!... Tudo! Todas as virtudes também são desenvolvidas em nossa jornada evolutiva.

Nesse aspecto, então nós vimos que a Inteligência e um atributo.

A Intuição, não! A Intuição é um Sentido. Então nós temos os Sentidos, a Intuição, por exemplo. Nós temos os atributos, que podem ser desenvolvidos, como no caso da Inteligência e nós temos também as Faculdades. A Inteligência também pode ser classificada como uma Faculdade.

E nós vemos aqui, na pergunta 18: O homem penetrará, algum dia, no mistério das coisas que lhe são ocultas?

Resposta: O Véu se levanta a seus olhos a medida em que ele se purifica, mas para compreender certas coisas, é preciso faculdades que ele ainda não possui.

Então veja que interessante!...

Porque também precisamos levar em consideração que, conforme relata outras partes do Livro dos Espíritos, que ao reencarnar, a matéria física, ou seja, o nosso corpo, entorpecem os nossos Sentidos, as nossas faculdades e os nossos atributos.

Então têm situações que, enquanto reencarnados aqui no planeta Terra, usando esses corpos orgânicos materiais, nós não vamos compreender, porque o corpo não suporta.

Tanto é assim que o próprio Jesus disse: O Espírito está preparado, mas a carne é fraca.

Não fraca, no sentido de moral, fraca mesmo, no sentido de não suportar.

Nessa mesma sequência, na pergunta, questão 82, nós vemos: Será certo dizermos que os Espíritos são imateriais?

E a resposta: Como se pode definir uma coisa quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo, seria mais exato dizer incorpóreo, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem semelhança com nada para vocês e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.

Ou seja, o que eu acabei de dizer antes. Os nossos órgãos físicos, não foram preparados para compreenderem certas situações.

Entretanto, nós podemos desenvolver os Sentidos que temos e se aproximar, o máximo possível, dessa vibração que existe no Plano Espiritual, e assim compreendermos como é que é essa Dimensão Espiritual.

Uma observação importante a ser feita: É que o Livro dos Espíritos, ele é gradativo. Então as primeiras perguntas são mais superficiais, ou foram feitas quando Allan Kardec, ainda não tinha uma concepção total, plena, da Doutrina Espírita. Ele estava primeiro aprendendo, para depois organizar o que ele havia aprendido e por fim, lançar a Doutrina Espírita, através do Livro dos Espíritos. Com isso, as primeiras perguntas são mais simples e as últimas, principalmente acima da pergunta 500 ou 600, são mais complexas.

E é o que vemos aqui, na pergunta 592: De acordo com a lógica, se compararmos o Homem e os animais, parece difícil estabelecer uma linha de demarcação entre eles, pois, sobre esse aspecto, alguns animais mostram notória superioridade sobre certos homens. Essa linha de demarcação pode ser estabelecida de modo preciso?

E a resposta: A este respeito o desacordo entre os seus filósofos é completo. Uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal seja um homem. Estão todos em erro. O homem é um Ser à parte, que desce muito baixo algumas vezes e que pode também elevar-se muito alto. Pelo físico é como os animais e menos bem-dotado do que muitos destes. A Natureza lhe deu tudo o que o homem é obrigado a inventar com sua inteligência, para satisfação de suas necessidades e para sua conservação. É certo que o seu corpo se destrói como o dos animais, mas ao seu Espírito está assinalado um destino que só ele pode compreender, porque só ele é inteiramente livre. Pobres homens, que se rebaixam mais do que os brutos. Não sabem se distinguir deles? Reconheçam o homem pela capacidade de pensar em Deus.

Os animais, além do Instinto, eles também têm uma certa Inteligência. Todavia, não tão aprimorada como o Homem, ao ponto de chegar a ter Consciência de si mesmo. Essa é uma grande diferença, na escala evolutiva. E numa outra oportunidade falaremos sobre isso, num estudo específico sobre a Evolução. A evolução do lado material, dos Animais até o Homem, mas também a Evolução Espiritual, dos Animais, como Seres, que sobrevivem à morte do corpo até o Homem.

E conforme eu expliquei no início, o objetivo ainda permanece, que é a Influência dos Espíritos sobre os nossos Espíritos e sobre as nossas vidas. Entretanto, este vídeo, por ora, ainda não vai abordar esse aspecto, porque nós estamos estabelecendo as condições em que isso acontece.

E nesse sentido, nós vemos a questão 71: A Inteligência é Atributo do Princípio Vital?

Bom, essa questão do Princípio Vital, nós também veremos, nesse estudo futuro, sobre a Evolução.

O que importa hoje é a resposta: Não; pois que as plantas vivem e não pensam...

Então vejam só: As Plantas têm vida, existe um Elemento que dá a vida, porque a Planta é diferente de uma Pedra. A Pedra não tem esse Elemento Vital, que propicia a vida. Todavia, a Planta não pensa. Por que?... Porque ela não tem um espírito. E ela não tem um espírito, não um Espírito Humano, mas um espírito (energia) do lado material.

Porque existe o Espírito Primitivo, nós veremos isso, neste estudo futuro e esse Espírito Primitivo, dá a vida (espiritual) a determinados Animais. E quando esses Animais, os Corpos desses Animais morrem, A energia desse Espírito Primitivo, volta a compor uma massa, um Elemento à parte, no Plano Espiritual.

Esse Elemento é que evolui, até adquirir individualidade. Todavia, nesse meio tempo, a Inteligência vai se desenvolvendo e quando ele adquire individualidade, ele ainda permanece como (a animar) um Animal. Todavia, ele já tem individualidade e quando o Animal morre, desde que na escala evolutiva ele já tenha um Espírito individual, ele vai conservar essa individualidade na Dimensão Espiritual e logo vai reencarnar em outro animal (que vai nascer).

Mas o que o separa do Ser Humano?... É justamente a falta de Consciência! Ele ainda não se desenvolveu até ao ponto de ter Consciência!

Mas na sequência da resposta, nós vemos: ...só têm vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, pois um corpo pode viver sem a inteligência, mas a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais. É necessário que o espírito se una a matéria animalizada para intelectualizá-la.

Oras! Vejam só: Só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais. Bom, todo Ser Humano, tem órgãos. Órgãos iguais. Todos têm coração, todos têm cérebro, todos têm visão, todos têm o aparelho auditivo. É por isso que estou falando que é necessário desenvolver esses Sentidos. Porque ao desenvolver esses Sentidos, é que seremos capazes de perceber a manifestação desses Espíritos.

Na pergunta 190, nós vemos: Qual o estado da alma na sua primeira encarnação?

Resposta: Igual da infância na vida corporal. A Inteligência apenas desabrocha; a alma se ensaia para a vida.

Porque, o Espírito, ele evolui. De reencarnação em reencarnação ele evolui. Deus não favorece a ninguém! Não dá mais para um, nem menos para outro. Trata a todos com igualdade. Essa é a Justiça e a Bondade de Deus!...

Na pergunta seguinte, 191, nós vemos: As dos nossos selvagens são almas no estado de infância?

Resposta: De infância relativa, pois já são almas desenvolvidas, visto que já nutrem paixões. (Sentimentos).

Então, aquilo que na época de Allan Kardec, ou seja, quase 200 anos atrás, era taxado de Selvagens, hoje em dia, nós sabemos que não é bem assim. É difícil definir, separar, o que é "civilizado" de "selvagem". Mesmo hoje, entre povos bem industrializados, povos financeiramente bem "fortes", nós vemos costumes e comportamentos que em outros povos, seriam taxados de "selvagens".

A verdade, é que o Espírito reencarna em todos os povos na face da Terra. Espíritos bons, Espíritos ruins. Espíritos mais evoluídos, Espíritos menos evoluídos. Então não importa o povo, não importa a cor da pele, somos todos iguais perante Deus. Agora, dentro de cada povo, tem Espírito que está reencarnado a menos tempo, portanto, ele é menos desenvolvido.

Na sequência daqui, Kardec fez a pergunta 191.a). Ele perguntou: Então as paixões são um sinal de desenvolvimento?

E o Espírito respondeu: De desenvolvimento, sim; porém, não de perfeição. São sinal de atividade e de consciência do "eu", pois na "Alma Primitiva", a inteligência e a vida se acham no estado de gérmen.

É aquilo que eu disse. Então tem Animais que já tem alma, se ele não tivesse alma não seria um Animal, seria uma Planta, um Vegetal. Essa é a escala evolutiva. Ele seria uma planta. Se ele é um Animal, uma formiga, um inseto, não importa, um Animal invertebrado, Ele tem alma!... Mas só que é uma Alma Primitiva, ele não tem ainda Consciência e nem Individualidade.

Na análise das próximas perguntas, já começaremos a verter os raciocínios, o entendimento, para a questão da Influência dos Espíritos, o que necessita, o que importa, para estabelecer a Influência dos Espíritos.

Então nós veremos agora a análise da resposta Questão 20. A pergunta registra: Fora das investigações científicas, é permitido ao Homem receber comunicações de ordem mais elevada acerca do que está além do alcance dos seus Sentidos?

Então vejam só: Ao alcance dos seus Sentidos. Pelo Corpo Físico ele ainda não compreende. Mas através da ação dos Espíritos, isso seria isso possível?...

E aí veio a resposta: Sim; se assim julgar conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado aprender.

Esse é o ponto! A partir desse ponto, é que nós estabelecemos a presença da mediunidade.

A Mediunidade é um Atributo que pode ser desenvolvido!... O Espírito (encarnado) que tem a Mediunidade, nem sempre ele terá a ação dos Espíritos desencarnados sobre ele, o Espírito encarnado não terá a ação dos Espíritos desencarnados mesmo que tenha Mediunidade.

Todavia, ele desenvolveu essa Capacidade, porque a Mediunidade não é algo específico, como a Inteligência, por exemplo. Nós conseguimos compreender a Inteligência ou alguma virtude moral. Nós conseguimos identificar o que é amor, o que é tolerância, o que é paciência, por exemplo, nós podemos, a Humildade!...

Nós podemos identificar isso. A Mediunidade não!... Porque ela não se localiza em nenhum Sentido específico. Ela é ampla em todos os Sentidos Humanos. Então a visão, por exemplo, ela pode ser desenvolvida até tal ponto que a Mediunidade permita enxergar os Espíritos.

A Audição, ela pode ser desenvolvida a tal ponto que permita às pessoas através da Mediunidade escutarem os Espíritos!... E assim por diante.

Entretanto, como ocorre esse desenvolvimento da Mediunidade, já que ela não é algo específico, a ser localizado, a ser definido?...

Dentro desse aspecto, nós vemos também, na questão 25, não a pergunta principal, mas a pergunta subsequente, a 25.a): Essa união, é igualmente necessária, para a manifestação do espírito?...

E ele “diz” assim: Entendemos aqui por espírito o Princípio da Inteligência, exceção feita das individualidades que por esse nome se designam.

Então há uma regra no Livros dos Espíritos, e essa questão de Princípio da Inteligência, nós veremos futuramente nesse estudo sobre a Evolução. Mas no Livro dos Espíritos, quanto escreve "espírito" em letra minúscula, não se refere a individualidade do "Eu", da pessoa. Se refere a uma massa de energia, espírito como quem diz assim: Eu estou desanimado. Então está me faltando espírito de coragem; espírito nesse sentido.

E aí veio a resposta: É necessária a todos vocês, porque não têm organização suficiente para perceber o espírito sem a matéria. Os vossos sentidos não estão ajustados para isso.

Isso que é interessante nessa reposta: Os vossos sentidos. Não estão "ajustados" para isso. Então vejam que é possível fazer ajustes nos nossos sentidos. É possível que, então, esses ajustes permitam que a gente perceba os Espíritos. E então receba comunicações do Plano Espiritual.

Quem consegue isso?... As pessoas que desenvolveram essa Mediunidade!... E ela não é específica, situada num determinado atributo, num determinado aspecto.

Já na pergunta 36, registra: O Vácuo absoluto existe em alguma parte do espaço universal?

E veio a Resposta: Não; não há o vácuo. o que te parece vazio, está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.

Então vejam só: Nós não percebemos, nem os nossos instrumentos podem perceber. Por quê?... Porque são instrumentos feitos a partir da nossa matéria, nessa nossa Dimensão material em que vivemos!...

Mas existem outras Dimensões e nada é vácuo, nada é vazio. Tanto é assim que as Colônias espirituais estão localizadas, são cidades, existe um solo onde se pisa, acima da nossa Crosta Terrestre, porque eles estão numa outra dimensão.

Finalmente, lá na pergunta 934: A perda dos Entes que nos são caros, não é para nós uma causa legítima de dor, tanto mais legítima quanto é irreparável e independente da nossa vontade?

Aí o Espírito respondeu: Essa dor atinge assim o rico como o pobre; representa uma prova ou expiação, e a lei é comum. Porém, vocês têm uma consolação, em poderem se comunicar com os seus amigos pelos meios que estão ao seu alcance, enquanto não dispõe de outros mais diretos e mais acessíveis aos seus sentidos.

Então vejam só que resposta interessante. Primeiro, as pessoas da nossa Dimensão material podem se comunicar com os Espíritos desencarnados da Dimensão Espiritual. Porque... E essa comunicação pode ocorrer pelos meios que estão ao seu alcance, ou seja, pela Mediunidade, que é o desenvolvimento dos Sentidos, seja a visão, seja a audição, seja mesmo a percepção durante a noite, para receber o auxílio espiritual, a comunicação espiritual através de Sonhos e isso está acessível à todas as pessoas!... Todas! O Ser Humano precisa dormir. E quando dorme, pode receber essas comunicações.

E o interessante que aqui também fala (registra): Outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos Sentidos.

Isso alude a pensar que um dia, no futuro, teremos máquinas, ou seja, isso é ser mais direto, máquinas que permitirão a comunicação!...

Hoje em dia, o celular, o Smartphone, não permite se comunicar com uma pessoa que está do outro lado do Planeta Terra?... E ainda ver e escutar o que a pessoa está falando?... E ver a imagem da pessoa?...

No futuro, nós também conseguiremos manter essas comunicações até um certo grau, um certo limite, com o Plano Espiritual. Por que certo grau? Certo limite?... Porque a Dimensão Espiritual ela não é feita apenas de uma determinada vibração. Então os instrumentos poderão captar a até uma certa vibração. O Espírito que estiver acima dessa vibração ele não vai ser captado. Mas mesmo assim, vai permitir a comunicação.

E na sequência, aqui também tem a pergunta 935: O que se deve pensar da opinião dos que consideram profanação a comunicação com o além-túmulo?

Resposta: Não pode haver profanação nisso quando haja recolhimento e a evocação seja praticada com respeito e utilidade. A prova de que é assim, está no fato de que os Espíritos que consagram afeição a vocês ajudam aos seus chamados com prazer. Sente-se felizes por se lembrarem deles e por se comunicarem convosco. Haveria profanação se isso fosse feito levianamente.

Esse é o final da nossa gravação de hoje e o assunto continua. Infelizmente terei de interromper para não ficar um vídeo muito grande. Mas esse assunto continua numa próxima gravação.

Fiquem com Deus, fiquem em paz!...

FIM.