sábado, 17 de dezembro de 2022

O PODER DA FÉ - OS 4 TIPOS DE FÉ

 

Explicação: O Texto abaixo tem origem na Legenda de uma Palestra Espírita publicada no Youtube em 25/11/2018, portanto, não segue o refinamento da linguagem escrita, pois é fruto de linguagem coloquial espontânea.

Link do Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=sjIUtLtLgT8

 

Boa noite. Boa noite!

Boa noite, boa tarde no horário de verão.

Nós vamos fazer uma reapresentação de uma palestra que já foi apresentada aqui, há uns seis meses, que é: A Fé Transporta Montanhas.

Ela é baseada no capítulo 19, do Evangelho Segundo o Espiritismo e se baseia em dois itens dos comentários de Allan Kardec, as anotações de Allan Kardec:

1 - O poder da fé e a fé religiosa;

2 - E condição da fé inabalável.

Allan Kardec, ele fez esse capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo e ele se baseou no Evangelho de Mateus, Capítulo 17, Versículo 14 a 20. Então lá "diz" assim:

Quando Jesus veio ao encontro do povo, Um homem se aproximou e, lançando-se de joelhos, a seus pés, disse: Senhor, tenha piedade de meu filho, que é desequilibrado e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Eu o apresentei aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.

Bom, essa palavra, às vezes, uma frase dita, revela muitas coisas que aconteceram antes. Por exemplo: O homem, ele se apresentou e não disse que o filho dele sofria com perseguição de algum Espírito. Ele não disse que a família dele passava por alguma dificuldade pela situação do filho. Ele simplesmente jogou a culpa tudo em cima do filho. Falou: Não! Meu filho que é desequilibrado!

Na sequência, ele falou assim: Só que eu apresentei ele aos teus discípulos e eles não conseguiram curar ele não!... E aí apresentou para Jesus como quem fala assim: Será que você consegue?...

Jesus vendo aquilo e de imediato, já conhecendo também o histórico da família, porque geralmente quando um Espírito está perseguindo uma criança, é porque os perturbados são os adultos. São os pais.

Só que os pais, são mais enraizados na carne, mais firmes no egoísmo, sabe?... No orgulho, na vaidade, na ignorância, mais endurecidos!... Isso faz com que seja mais difícil daquele perseguidor espiritual atingir tais pessoas. Porque, se uma pessoa é má e vem outra pessoa má para perseguir, não vai conseguir!... Ambos são maus!...

Mas se o Espírito mau, quer perseguir alguém que é mau, como que ele vai fazer?... Porque maldade não vai resolver!... Então que ele faz?... Persegue os filhos que são mais sensíveis ainda, muitos ainda estão em desenvolvimento. Então para perseguir os adultos, muitos Espíritos perseguem os filhos.

Então Jesus entendeu, só pela palavra do homem, que o erro ali, não era daquela criança!... Era daquela família, daqueles adultos. Então ele respondeu, dizendo:

Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei com vocês? Até quando os suportarei? Tragam-me aqui esse menino!... E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou curado.

Então vejam só: Era um Espírito! A criança não tinha nenhuma doença! Não era desequilibrado que nem o pai taxou. Na verdade, desequilibrada era a família. O ambiente em que ele vivia que possibilitava que aquele Espírito mau perseguisse a criança.

E Jesus disse: Ó raça incrédula e depravada!... Porque eram pessoas sem fé!... Isso, essa passagem aconteceu, logo (quase) no início, quando Jesus começou a fazer a pregação. Porque nos últimos (dias), já no final, é evidente que a equipe de Jesus (em tese) estava preparada. Os Apóstolos estavam escolhidos, já preparados, encaminhados, para desempenhar a função que a eles estava destinada. Mas (quase) no início, ainda não tinha uma equipe.

E geralmente, as pessoas acham assim: Jesus reencarnou e aí veio programado já reencarnando junto, (apenas) os doze Apóstolos. Não foi bem assim!... Jesus reencarnou e reencarnou uma grande equipe de Espíritos, inclusive, em outros países também, que era para dar condições, sustentação, para que depois o Evangelho fosse divulgado.

Aqueles que reencarnaram mais próximos de Jesus e foi uma grande equipe, quando Jesus veio, não estava definido quais seriam os doze. Sabia-se quais Espíritos eram mais preparados. Acontece, que antes de reencarnar, é fácil dizer: Fulano está mais preparado!...

Eu até posso citar o exemplo de Allan Kardec!... Quando teve uma reunião no Plano Espiritual (Irmão X), para escolher quem iria desempenhar a missão de Allan Kardec, nem todos foram favoráveis a Allan Kardec.

Porque Allan Kardec era (é) um Espírito enérgico, mais taxativo, mais vigoroso. Mas Jesus falou: Não! Ele serve!... E de fato era!... Para definir a Doutrina, para separar o joio do trigo, porque as informações que chegaram a Allan Kardec era uma grande quantidade! Mensagens de tudo quanto é tipo!...

Ele que teve de ter o discernimento intelectual e moral para separar o joio do trigo e depois distribuir: Ah, isso é assunto mediúnico. Ah, isso é assunto de evangelho, um outro livro, que depois veio a ser o Evangelho Segundo o Espiritismo. Ah, esse assunto, um outro livro, para tratar sobre a vida após a morte ou então, posteriormente, veio o livro Céu e Inferno.

Mas naquele momento, para traçar aquele aspecto científico e filosófico, Kardec precisou separar as perguntas e quais que tinham de ser complementadas, em qual que tinha dúvida. Então precisava de um Espírito realmente daquele jeito!... Enérgico, com bom discernimento, com muito senso crítico, de razão.

Bom, na época de Jesus a mesma coisa!... Os Espíritos reencarnaram, mas quem será que estava preparado para ser escolhido como Apóstolo?... Porque, quando a gente fala assim: Ah, os 12 Apóstolos!... Mas quais são mesmos?...

Ah, foi Paulo... não!... Paulo foi depois! Ah, foi Pedro, João, ah... Mateus, Marcos... Marcos, não!... Marcos não foi Apóstolo! A gente simplesmente não lembra! Então mesmo dos doze, uns se destacaram, outros não!...

Bom, então essa passagem aqui, Muitos acham aqui assim, que Jesus brigou, falou bravo, em função dos Apóstolos, já que o homem disse: Ah, os teus Apóstolos não conseguiram curá-lo... Bom, aí vem a sequência:

Os Discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que nós não conseguimos expulsar esse demônio? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da sua falta de fé. Pois na verdade eu digo a vocês: se tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, diriam a esta montanha ‘transporta-te daí para ali’ e ela se transportaria e nada seria impossível para vocês.

É a sequência. Então, vejam só: Se Jesus tivesse sido enérgico com os Apóstolos, então como que logo na sequência, os Apóstolos foram lá conversar com Ele, Tranquilos: Mestre, e aí?... Por que nós não conseguimos?...

Então é muito evidente que Jesus foi taxativo e imperioso, não com os Apóstolos, mas com aquela multidão que estava lá e que não estava acreditando!... Porque tem passagem que diz assim: Teve uma vez que Jesus passou em Cafarnaum e lá está escrito: E fez ali poucos milagres, porque não acreditaram nele!...Então depende também da Fé das pessoas!... Até para Jesus, dependia da fé das pessoas em acreditarem, que é o que Jesus realmente estava falando aqui: Se os Apóstolos tivessem fé verdadeira, até uma montanha eles poderiam transportar.

Bom, no livro, lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sequência, teve o comentário de Allan Kardec. É um comentário pequeno. Ele tem mais ou menos uns quatro ou cinco parágrafos. Dá meia página. E o interessante, se a gente for analisar item por item dessa passagem, do comentário de Allan Kardec, a gente percebe que ele fez uma distinção de quatro tipos de fé:

1 - Fé no Destino.

2 - Fé em si mesmo.

3 - Fé em Deus.

4 - E Fé na ciência.

Esse é (o tema) que nós vamos meditar hoje e vamos analisar. Então Fé no Destino. Esse é o comentário de Allan Kardec:

As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, enfim, com que se depara da parte dos homens mesmo quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.

Então por que Fé no Destino?... O destino está traçado?... Não!... A Doutrina Espírita nos ensina que não existe fatalidade definida, porque se existisse, tipo assim, tudo no nosso destino já estar escrito, se tivesse essa definição, então qual a nossa responsabilidade pelos nossos erros?... Já estava escrito!... Ou então, qual o nosso mérito pelos nossos acertos, se já tivesse tudo escrito?...

Então não é assim. O destino não está traçado, porque o destino depende das nossas escolhas! É o nosso Livre-Arbítrio. Nós escolhemos. É o nosso Livre-Arbítrio. Se nós fazemos boas escolhas, então temos mérito por isso. Se nós fazemos más escolhas, então sofreremos as consequências e somos responsáveis por isso. Não estava escrito não. Nós escolhemos!...

Agora, o que está definido como fatalidade?... É por exemplo, vai casar com quem, quem vai vir como filho, se vai nascer para passar pela provação da riqueza, então vai ser encaminhado para que receba bastante dinheiro, bastante riqueza!...

E (alguém) fala: Mas então porque eu..., mas se é assim, então por que eu não escolhi essa provação?... Então por que eu estou sofrendo a pobreza aqui?...

Porque, a riqueza..., qual o objetivo da reencarnação?... É melhorar, é evoluir!... O difícil não é desencarnar. Não é a morte que é difícil. O difícil é o nascimento!... Porque exige muita preparação antes, exige muito sofrimento no início, que é (são) os nove meses, depois ainda existe mais uma fase de sete anos, de suscetibilidades, de doenças materiais, de possibilidades de perseguições espirituais, que nem a gente viu na passagem onde o filho estava sendo perseguido por um mau Espírito. Depois disso ainda vem a fase escolar. Até a pessoa estar apta a começar a sua jornada, vai um longo tempo!...

Então é muito sacrifício isso. Então vejam só: Por que o Espírito iria recorrer, escolher a riqueza, se a riqueza, de repente, só tem facilidade?... Se a riqueza é uma provação muito grande?...

Por isso que Jesus disse assim: É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Aí os Apóstolos falaram assim: Puxa Jesus, mas então ninguém vai se salvar!... Aí Jesus falou: Não, o que é impossível para os Homens, para Deus e possível!... Para Deus, tudo é possível!... E tem a ver com o que a gente está estudando hoje, que é a questão da Fé!...

Bom, então o destino, não é o nosso acontecimento na nossa vida. O destino é o universo conspirando a nosso favor! Se nós reencarnamos, foi para ter um bom objetivo, para ter um bom resultado.

Então a vida conspira a nosso favor! Deus conspira a nosso favor, para que as coisas deem certo! Quando são erradas, podem examinar: foi por escolha da pessoa. Às vezes, por teimosia, por impaciência, por intolerância, às vezes, por vaidade, às vezes, por orgulho, às vezes, por ambição desmedida. Sempre foi escolha da pessoa, mas a vida em si, conspirou para que aquela pessoa tivesse êxito.

Até na doença, isso acontece. Porque, muitas vezes, o doente está lá, o médico fala: Não, esse já não tem mais salvação. Esse vai morrer! Só que fica lá e, de repente, a vida vai conspirando a favor daquela pessoa, vai encaminhando, vai ajeitado, os órgãos vão se restabelecendo, porque ainda não é o momento do desencarne!... E, de repente, a pessoa se recupera e fica curada! E falam assim: Foi um milagre!... Foi um milagre da vida!...

Bom, esse é o primeiro tipo de Fé. A gente tem que ter essa confiança na vida, que as coisas vão dar certo, desde que a gente tenha também prudência e fazer as escolhas certas.

Na sequência, Allan Kardec continuou: Noutro significado, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite que se veja em pensamento a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui, por assim dizer, caminha com absoluta segurança. Tanto num como noutro caso, ela pode dar lugar a que se executem grandes coisas.

Grandes coisas! Então a Fé é isso mesmo! Se a vida conspira a nosso favor, então nós temos que acreditar!... Para andar, o que precisa?... O primeiro passo! Mas o primeiro passo, ele inicia por si mesmo?... Não!... Nós é que temos de dar o primeiro passo! Nós é que temos de acreditar!...

Se a gente tem um sonho e a gente pensa assim: Não!... Isso é impossível! E deixa de lado. Só que, de repente, ali do lado, tem uma outra pessoa, que tem o mesmo sonho e ela acredita!... E ela vai em busca e ela luta por aquilo. E o universo, a vida conspira a favor e a pessoa tem êxito!

E aí as pessoas falam: Nossa, como teve sorte!... Como assim sorte?... Teve dedicação, teve empenho. Ela acreditou nela mesma! Ela trabalhou, ela buscou, ela caiu, mas se levantou!... Porque uma palavra que está muito em moda agora, é resiliência!... O que é resiliência?... É por exemplo, uma bexiga redonda, a gente aperta, ela encolhe, mas a hora que a gente solta ela volta ao normal. Isso é resiliência! Resiliência é a gente sofrer alguma situação, mas não ficar presa ao sofrimento!... A gente, a hora que passa aquilo, a gente se recompõe, se levanta, joga o pó para trás, esquece isso e segue em frente! Isso é ter Fé em si mesmo.

Fé em Deus. Esse é o terceiro tipo: Devemos não confundir a fé com a arrogância. A verdadeira fé se combina com a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, sendo simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos insucessos que lhe são infligidos.

Então, nós temos que ter Fé em nós mesmos, mas também temos que ter Fé em Deus. Por isso que Jesus disse: Bate e abrir-se-vos-á. Então nós temos que ter a nossa fé, fazer a nossa fé. Bater, aí que vai abrir a porta.

Mas também depende do que nós queremos!... O que nós queremos é em prol de quem? É a bem de quem? É a bem da vida? É a bem da natureza? É a bem das pessoas?... Não! É só bem a mim mesmo! É que eu quero ser rico. Ah!... Os Espíritos não vão ajudar! Vão ajudar a outro que está mais necessitado. Deus não vai dar essa ajuda aqui. Então, a Fé em Deus é fundamental.

E Fé na Ciência: O poder da Fé se demonstra de modo direto e especial na ação magnética, por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, que é o agente universal, modifica as suas qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que junta grande poder fluídico normal com uma ardente fé, pode só pela força da sua vontade, dirigida para o bem, operar esses fenômenos especiais de cura e outros, que antigamente eram chamados de milagres, mas que não passam de efeito de uma lei natural.

Eis o motivo por que Jesus disse a Seus apóstolos: “se não o curaram, foi porque não tinham fé”. Então, por que é Fé na natureza? Não é bem Fé na natureza! Eu que cataloguei assim. Mas é Fé em como Deus construiu as coisas.

Desde o princípio, tudo era energia; tudo é energia! Então o remédio que cura é energia!... São átomos combinados, moléculas combinadas, em determinada velocidade, em determinado peso, que formam o remédio. Mas aquelas mesmas moléculas, em outra combinação, formam o veneno!... Como pode ser isso?!... Num momento é veneno, no outro é remédio.

Então depende da energia, o nosso pensamento plasma essa energia. O nosso pensamento vira o instrumento da Fé. Foi o que disse Jesus aos discípulos: Se tivesse Fé, teria curado, (expulsado) aquele Espírito. Teria tido a autoridade moral para expulsar aquele Espírito ou como disse Jesus: Se tivesse Fé, conseguiria fazer coisas infinitas, até transportar montanhas.

Então, a nossa Fé, o nosso poder de pensamento, pode fluidificar a água, por exemplo, é o que exercemos no Passe mediúnico e os Espíritos também ajudam nesse sentido.

Se vê que o nosso pensamento, o nosso pensamento de Fé, de oração a Deus, de Fé em Deus, melhora a nossa energia, abre porta para que os bons Espíritos também nos auxiliem, nos ajudem. Então isso é um tipo de Fé, na Ciência, porque tem a ver com a parte física.

Outras classificações da Fé, conforme reflexões de Kardec:

1 - Fé cega e religiosa;

2 - Fé racional e Fé inabalável.

A Fé religiosa: Devemos concordar que, a resistência do descrente muitas vezes provém menos dele do que da maneira como as coisas se apresentam a ele. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E para crer não basta ver; é preciso especialmente compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que o dogma da fé cega é principalmente o que produz hoje o maior número dos ateus, porque ela pretende se impor, exigindo a renúncia de um dos mais preciosos direitos do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.

Então nós não acreditamos em fé cega. Nós acreditamos porque tem lógica. Nós acreditamos porque o universo não existe por fruto do acaso. A vida é impossível que tenha sido fruto do acaso. Porque os cientistas dizem assim: Ah, o universo se originou do Big Bang, uma explosão inicial.

Mas o que tinha antes da explosão?... E quem iniciou a explosão?... E quem fez os elementos da explosão?... Porque se não tinha nada, não tinha nada para explodir! E como que explodiu?... Então tinha que ter alguma coisa. Se tinha alguma coisa, quem fez?...

É por isso que Albert Einstein, ele dizia assim: Se Deus não existisse, a gente teria de inventá-lo. Porque é a explicação, é o início de tudo. E se a gente analisa o universo, é muito perfeito, muito organizado, muito responsável, não pode ser fruto do acaso.

Então nós acreditamos em Deus, pela perfeição do universo. Mas como é que Deus iria fazer o homem, para sofrer, passar pelas circunstâncias da vida e morrer e acabar tudo!... Isso é uma contradição com Deus!... Mas se nós acreditamos em reencarnação, acreditamos na vida após a morte, então tudo se explica. E até se explica a diversidade, das dificuldades, do sofrimento das pessoas. Cada um tem uma jornada, uma provação, uma expiação. Então um está sofrendo, de repente, o que o outro já sofreu, há muitas reencarnações passadas. Então aí ele compreende aquele sofrimento e respeita. Isso é tolerância, porque ele sabe das dificuldades daquilo. E se ele ainda não sofreu, de repente, vai sofrer no futuro. E se vai sofrer no futuro, como que vai desprezar o sofrimento do próximo agora, se ele também vai passar por aquela situação?...

O fato é que tudo isso, nos leva a Fé em Deus. Não essa fé religiosa, essa fé cega, mas uma fé inabalável.

Fé inabalável! Nós temos certeza da vida após a morte. Nós temos certeza de que não estamos aqui pela primeira vez. Muitas reencarnações tivemos. Muitas reencarnações ainda teremos. Muito temos que aprender, até sermos, verdadeiros homens de bem.

Então essa é a sequência do raciocínio de Allan Kardec: Já a fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade. A criatura então crê pois tem certeza e tem certeza exatamente porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão de frente, em todas as épocas da Humanidade. O Espiritismo conduz a esse resultado, pelo que triunfa da descrença, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Então vejam só, por isso que antigamente, porque essa questão da crença na reencarnação, no início, os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação. E aquilo era divulgado abertamente. Mas com o passar do tempo, após Constantino, lá no Concílio de Niceia, é que instituiu a Igreja e aí tornou a religião como oficial de Roma. A religião Católica, oficial de Roma.

Posteriormente, teve outro imperador, que também era cristão, pois seguiu a sequência dos imperadores católicos. E esse imperador, a esposa dele tinha sido prostituta, antes de casar com ele. Então ela não admitia a reencarnação, porque quanto ela se tornou imperatriz e mandava, tinha muito poder, ela não queria (saber). Se a pessoa iria ter reencarnação, de repente, ela teria de voltar a ser escrava de novo e passar por aquela vida:

Não!... Reencarnação está muito errado!... O melhor é o que eu estou agora! Eu quero que seja o que eu estou agora!... Eu quero ir para o céu do jeito que estou agora!... Não quero saber desse negócio de sofrimento!...

Por isso que a riqueza é uma provação difícil!... Quando a gente vai escolher, fala: Bom, é melhor se garantir na pobreza do que querer ser rico e contrair mais dívida ainda, na riqueza. E aí fala para Deus: Deus me dê o necessário! É o que pede a Deus: O necessário.

Bom, essa mulher, convenceu o marido dela a mudar a lei da igreja, que era para excluir a reencarnação. Não era mais para acreditar em reencarnação. Isso lá pelo ano 400, por aí...

E aí, de lá para cá, se aboliu essa história de reencarnação. Mas a verdade é que a reencarnação sempre existiu. Por isso que diz aqui: Oposição sistemática e interessada.

Às vezes, a Doutrina Espírita, não é combatida (abertamente). Por exemplo, muitos padres, conhecem a Doutrina Espírita, estudam lá nos seminários, eles leem os livros de Allan Kardec e é impossível ler o Livro dos Espíritos, por exemplo, e não entender a lógica do que está ali.

Mas ser padre vira mais do que devoção, mais do que fé, vira profissão. Então eles acreditam, mas sabem que não podem acreditar, eles não podem falar aquilo. E aí onde vem a oposição sistemática e interessada.

E a reflexão final: Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.

E foi justamente o tema do nosso estudo de hoje: O Homem de Bem. (Estudo do ESDE).

Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

Quem disse isso foi o (Apóstolo) Tiago na Epístola dele, capítulo 2, versículos 14 a 18.

Então tenhamos fé em Deus, em Jesus e nos Bons Espíritos.

Obrigado.

FIM

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