terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Evangelho de Lucas - Capítulo 18

 

Capítulo 18

1.    Propôs-lhes também uma parábola, de que sempre é necessário orar e nunca desfalecer.

2.    Dizendo: Havia um certo juiz em uma cidade que nem a Deus temia, nem respeitava a nenhum homem.

3.    Havia naquela cidade uma certa viúva que a ele acudia, dizendo: defende-me de meu adversário.

4.    Porém, por [muito] tempo não quis: Mas depois disto, falou entre si: Ainda que nem a Deus temo, nem respeito a homem nenhum;

5.    Todavia, porque esta viúva me importuna, vou defendê-la, para que enfim não venha a me incomodar a cabeça.

6.    Disse o Senhor: Ouvi o que disse o injusto juiz.

7.    Não defenderá Deus a seus escolhidos que dia e noite a ele chamam? Ainda que tardio para com eles seja?

8.    Digo-vos que depressa os defenderá. Porém, quando o Filho do Homem vier, achará porventura fé na terra?

9.    Disse também a uns, que confiavam em si como justos e aos outros desprezavam, esta parábola: (ESE, 27, 3)

10.Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. (ESE, 27, 3)

11.O fariseu, em pé, orava entre si desta maneira: Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano. (ESE, 27, 3)

12.Jejuo duas vezes na semana, dou dízimos de tudo quanto possuo. (ESE, 27, 3)

13.Mas o publicano, estando de longe, nem ainda queria levantar os olhos aos céus. Mas batia no peito, dizendo: Deus, tem misericórdia de mim, pecador. (ESE, 27, 3)

14.Digo-vos que [mais] justificado desceu este a sua casa do que o outro, porque qualquer que se exaltar, será humilhado; e qualquer que se humilhar, será exaltado. (ESE, 27, 3)

15.Traziam-lhe também pequeninos, para os tocar, o que, vendo os discípulos, os repreendiam.

16.Mas chamando-os, Jesus disse: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.

17.Em verdade vos digo, que qualquer que ao reino de Deus, como um pequenino, não o receber, não há nele de entrar.

18.Perguntou-lhe um principal, dizendo: Bom Mestre, que fazendo possuirei a vida eterna? (ESE, 16, 2)

19.Jesus lhe disse: Por que me chamas: bom? Ninguém há bom, senão só Deus. (ESE, 16, 2)

20.Os mandamentos, sabes? Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe. (ESE, 16, 2) (ESE, 14, 1)

21.Disse ele: Todas estas coisas, tenho guardado desde minha mocidade. (ESE, 16, 2)

22.Ouvindo Jesus isto, disse-lhe: Ainda uma coisa te falta: vende tudo o que tens e reparti aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me. (ESE, 16, 2)

23.Porém, ouvindo ele estas coisas, foi-se muito triste, porquanto era muito rico. (ESE, 16, 2)

24.Vendo Jesus o quanto havia entristecido, disse: Quão dificultosamente entrarão no reino de Deus os que possuem riqueza. (ESE, 16, 2)

25.Porque coisa mais fácil é entrar uma corda[1] pelo olho de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. (ESE, 16, 2)

26.Os que [o] ouviam, disseram: Quem poderá logo ser salvo?

27.Ele disse: O que aos homens é impossível, possível é a Deus.

28.Então disse Pedro: Eis que tudo deixamos e te havemos seguido. (ESE, 16, 2)

29.Ele lhes disse: Em verdade vos digo que ninguém há que: casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos; pelo reino de Deus haja deixado; (ESE, 16, 2)

30.Que muito mais neste tempo não haja de receber e no século vindouro, a vida eterna. (ESE, 16, 2)

31.Tomando Jesus à parte aos doze, disse-lhes: Vedes que subimos a Jerusalém e cumprir-se-ão todas as coisas que do Filho do Homem pelos profetas foram escritas.

32.Porquanto aos estrangeiros há de ser entregue, escarnecido, injuriado e cuspido.

33.Depois de o terem açoitado, matá-lo-ão, mas ao terceiro dia ressuscitará.

34.Porém, eles nada destas coisas entendiam; esta palavra lhes era encoberta e não entendiam o que lhes dizia.

35.Aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego mendigando, assentado junto ao caminho.

36.O qual, quando ouviu as pessoas que passava, perguntou o que era aquilo?

37.Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava.

38.Então deu gritos, dizendo: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.

39.Os que iam passando o repreendiam, para que calasse. Porém, ele clamava muito mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim.

40.Jesus então parou e mandou trazê-lo. E chegando ele, perguntou-lhe;

41.Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que veja.

42.Jesus lhe disse: Vê, tua fé te salvou.

43.Logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E vendo todo o povo [isto] dava louvores a Deus.

 



[1] No original ‘calabre’, corda grossa para prender barcos no porto. Ver glossário no final.


Do livro: OS EVANGELHOS DA BÍBLIA - Versão Antiga

Download gratuito: 

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